O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Roberto Leonel, afirmou que deve dobrar a sua equipe de funcionários até o fim do ano. Em entrevista ao Jornal da CBN, Roberto Leonel atribuiu esse maior investimento no Coaf à transferência do órgão ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A declaração é feita em meio às discussões no Congresso sobre uma possível volta do Conselho para o Ministério da Economia:
"A forma de trabalho continua a mesma. O que nós tivemos dentro do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi uma maior atenção, uma maior proximidade com o ministro. Hoje, nós pretendemos, então, aumentar essa equipe, trazendo pessoas, especialistas tanto na área de ciência de dados quanto na área de análise financeira."
Sem mencionar o caso das movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor e motorista de Flávio Bolsonaro, o presidente do Coaf ressaltou que o órgão não tem poder de investigação:
"Surgiu muito na imprensa, ultimamente, a questão de que o Coaf investigou determinado ilícito, mas isso não corresponde à nossa atividade. A atividade do Coaf é uma atividade de inteligência financeira. Ele recebe informações, comunicações de operações suspeitas, reúne essas informações e repassa essas informações através de um relatório de inteligência financeira aos órgãos de persecução penal."
Questionado sobre como enxerga uma eventual volta do Coaf para o Ministério da Economia, Roberto Leonel alegou que o trabalho do órgão não mudaria, independentemente de qual pasta esteja vinculado. Leonel também disse que nunca houve qualquer interferência política sobre os trabalhos do conselho.
CBN
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