domingo, 14 de maio de 2017

Vídeo mostra OVNI em alta velocidade na Coreia do Norte; assista

O vídeo inédito que mostra o objeto misterioso passando a alta velocidade por cima da Coreia do Norte surgiu na Internet. Este objeto não identificado entrou nas camadas superiores da atmosfera. O objeto foi capturado com uma câmera instalada na Estação Espacial Internacional.

O vídeo mostra claramente o objeto não identificado que, segundo uns usuários, é um OVNI, segundo outros – um avião supersônico se movendo a alta velocidade, deixando uma iridescência nos céus. Os ufólogos profissionais vão examinar o vídeo para perceber mais sobre a origem do objeto desconhecido. (Sputnik)


FOTO DE MACACA CHORANDO AO SOCORRER FILHOTE INCONSCIENTE COMOVE INTERNAUTAS

Um fotógrafo registrou, em uma imagem tocante, o momento em que uma macaca parece chorar ao abraçar um filhote que ficou inconsciente, em Jabalphur, na Índia. O clique, compartilhado por Avinash Lodhi em seu perfil em uma rede social, está comovendo internautas de diferentes países.

O fotógrafo conta que viu uma movimentação estranha entre macacos e decidiu se aproximar para fazer fotos. “Decidi me sentar e observar a atividade deles, embora já estivesse perdendo luz (estava escurecendo)”, disse ele, segundo o site britânico The Telegraph.

Segundo Lodhi, em um dado momento, o filhote pareceu ficar inconsciente, assustando sua mãe, que ficou visivelmente desesperada. Neste momento, ele congelou a imagem. Logo depois, felizmente, o pequeno macaco acordou.

“Esse é um momento raro, principalmente entre os animais”, disse ele, que se impressionou com o próprio registro. “Assim que eu vi a imagem fiquei em silêncio por uma hora”, completou.

No Facebook, onde a fotografia foi postada, internautas ficaram impressionados. “Ótimo registro! Parabéns”, escreveu um deles.


Nova defesa de Palocci diz que Lava Jato não fez "exigências" para delação

Político contratou mesmo escritório que atende outros réus que fecharam acordo.





Os novos advogados de Antonio Palocci informaram neste domingo (14) que a força-tarefa da Operação Lava Jato não fez "qualquer exigência, nem sequer mínima alusão" para que o ex-ministro (Fazenda e Casa Civil dos Governos Lula e Dilma) trocasse de defesa como condição para negociar delação premiada. Palocci trocou seu quadro de defensores na sexta-feira (12).

Desde o início da Lava Jato — e também em outras causas de grande repercussão — ele era representado pelo criminalista José Roberto Batochio, de São Paulo.

Preso desde setembro de 2016 na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato, o ex-ministro já é réu em duas ações penais, uma delas sobre propinas de R$ 128 milhões que teria recebido da empreiteira Odebrecht — parte do valor supostamente repassado para o PT.

Em março, interrogado pelo juiz Sérgio Moro, o ex-ministro de Lula e Dilma acenou claramente com a disposição de colaborar. Disse, na ocasião, que teria nomes e situações para revelar e que tais dados fariam esticar a Lava Jato por mais um ano, pelo menos.

Durante esses meses de prisão ele ainda mantinha expectativa de ganhar liberdade por meio do clássico caminho do habeas corpus nos tribunais superiores. Mas as investidas foram todas infrutíferas, embora ainda pendente um pedido no Supremo Tribunal Federal — o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, mandou o habeas de Palocci para o Plenário, mas sem data para apreciação.

Diante do risco de permanecer na cadeia por uma longa temporada — a exemplo de seus pares do PT, como João Vaccari Neto, sob custódia desde abril de 2015 —, Palocci decidiu buscar acordo de delação premiada e abriu mão de Batochio.

Batochio é um veterano da advocacia que rigorosamente não atua em demandas de delatores. Na própria Lava Jato ele saiu da defesa do lobista Julio Camargo que fez delação e revelou propina de US$ 5 milhões para o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Palocci contratou o advogado Adriano Bretas, defensor de outros alvos da Lava Jato que escolheram a delação como atalho para deixar a prisão.

A mudança teria sido uma exigência dos procuradores do Ministério Público Federal para iniciar a negociação. Os procuradores teriam imposto a troca da defesa, o que é negado com veemência pelo escritório Bretas. Eles também teriam recomendado a Palocci que desistisse do habeas corpus.

Em nota divulgada neste domingo, o Bretas Advogados, estabelecido em Curitiba — base da Lava Jato —, fez um esclarecimento público, no qual destaca que "a ética conduz e sempre conduziu seus trabalhos".

O texto é subscrito pelos advogados Adriano Bretas, Tracy Reinaldet, André Pontarolli e Matteus Macedo.

Eles observam que o advogado que os antecedeu "sempre anunciou publicamente que, dependendo da alternativa escolhida pelo cliente na estratégia de sua defesa, renunciaria à causa".

"Não houve qualquer exigência, nem sequer mínima alusão, por parte do Ministério Público Federal ou da Polícia Federal na contratação ou destituição deste ou daquele escritório", sustentam Bretas e sua equipe.

— Tal escolha foi feita por livre e espontânea vontade do sr. Antonio Palocci Filho.

Bretas Advogados também fustigou a versão sobre eventual desistência do pedido de habeas.

— Desistir ou prosseguir no habeas corpus é uma escolha livre e exclusiva da defesa, sem qualquer interferência, muito menos "exigência", do Ministério Público Federal, da Polícia Federal ou de quem quer que seja.

SineBahia divulga das vagas de emprego desta segunda (15) para Salvador e interior

O SineBahia divulgou as vagas de emprego para a seguna-feira (14) em Salvador e cidades do interior do estado. Além da capital baiana, há oportunidades em Santo Antônio de Jesus, Candeias, Jequié e Itabuna.
Os interessados devem ir aos postos do órgão, com carteira de trabalho, RG, CPF, comprovante de residência e certificado de escolaridade. As oportunidades divulgadas são apenas algumas das que estão disponíveis. Para consultar a lista completa, é preciso comparecer à uma unidade do SineBahia. Confira as vagas:

Vagas exclusivas para as unidades de Salvador

CHURRASQUEIRO
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

VISTORIADOR DE ALARMES
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
02 vagas 

INSTALADOR DE PAINÉIS
Ensino médio completo
Experiência mínima de 03 meses na carteira
01 vaga 

AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
Ter trabalhado em consultório odontológico e curso técnico em saúde bucal concluído
01 vaga 

PROFESSOR DE ENSINO PRÉ-ESCOLAR
Ensino Superior incompleto
Cursando a partir do 3º semestre de pedagogia
04 vagas 

BIOMÉDICO
Ensino Superior completo em biomedicina
Saber botox e preenchimento fácil
01 vaga

Vagas exclusivas para as unidades de Santo Antônio de Jesus

ELETROMECÂNICO
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
Tem que possuir o curso
01 vaga 

LIDER SESSÃO
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

MOTORISTA DE AUTOMOVEIS
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
Possuir CNH AB
Possuir o curso de condução de passageiros
01 vaga
ELETRICISTA INDUSTRIAL
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
Experiencia em industria
01 vaga 

REPOSITOR
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

VENDEDOR INTERNO
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
02 vagas

TRABALHADOR RURAL
Ensino fundamental incompleto
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga
EMPREGADA DOMESTICA
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
02 vagas
SERRALHEIRO
Ensino médio incompleto
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

PADEIRO
Ensino fundamental completo
Com experiência na função ou em carteira
02 vagas 

AUXILIAR DE PADEIRO
Ensino fundamental completo
Com experiência na função ou em carteira
01 vaga 

PIZZAIOLO
Ensino fundamental completo
Com experiência na função ou em carteira
01 vaga 

TECNICO DE EDIFICAÇÕES
Ensino médio completo
Com experiência na função ou em carteira
01 vaga 

MECÂNICO DE MÁQUINAS
Ensino médio completo
Com experiência na função ou em carteira em máquinas industriais
01 vaga 

SUPERVISOR DE PRODUÇÃO
Ensino médio completo
Com experiência em carteira com corte, costura e montagem
01 vaga 

ASSISTENTE DE PESSOAL/ RH
Ensino superior completo ou em andamento na área de Ciências Contábeis
Com experiência na função ou em carteira
01 vaga 

ASSISTENTE DE PESSOAL/ RH
Ensino superior completo ou em andamento na área de Ciências Contábeis
Estagiário
01 vaga 

ASSISTENTE DE CONTÁBIL/ FISCAL
Ensino superior completo ou em andamento na área de Ciências Contábeis
Com experiência na função ou em carteira
01 vaga 

ASSISTENTE DE CONTÁBIL/ FISCAL
Ensino superior completo ou em andamento na área de Ciências Contábeis
Estagiário
01 vaga 

ASSISTENTE TRIBUTÁRIO
Ensino superior completo ou em andamento na área de Ciências Contábeis
Com experiência na função ou em carteira
01 vaga 

ASSISTENTE TRIBUTÁRIO
Ensino superior completo ou em andamento na área de Ciências Contábeis
Estagiário
01 vaga 

COSTUREIRA
Ensino fundamental completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
02 vagas 

CARTAZISTA
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

COMPRADOR
Ensino superior completo em administração ou logística
Com experiência em gestão de equipes
Conhecimento avançado em Excel
01 vaga

Vagas exclusivas para as unidades de Candeias

OFICIAL DE SERVIÇOS GERAIS
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses em Carteira
01 vaga

Vagas exclusivas para as unidades de Jequié

ASSISTENTE DE VENDAS
Curso superior completo em Administração
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

AUXILIAR DE CONTABILIDADE
Cursando contabilidade a partir do 1º semestre
Experiência mínima de 06 meses na função
01 vaga 

AUXILIAR DE COZINHA
Ensino fundamental completo
Experiência mínima de 06 meses na função
01 vaga 

GARÇOM
Ensino fundamental completo
Experiência mínima de 06 meses na função
01 vaga 

PROJETISTA DE MÓVEIS PLANEJADOS
Ensino médio completo
Experiência mínima de 06 meses na função
01 vaga 

TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES
Curso técnico em telecomunicações, eletrônica ou eletrotécnica
Não requer experiência
Habilitação B
Disponibilidade para viagem
01 vaga 

PROGRAMADOR DE SISTEMAS INTEGRADOS
Ensino médio incompleto
Experiência com lógica de programação/SQL
01 vaga 

VENDEDOR PRACISTA
Ensino médio completo/CNH B
Experiência mínima de 06 meses na função
Disponibilidade para viagem
01 vaga

Vagas exclusivas para as unidades de Itabuna

AUXILIAR DE LIMPEZA(Exclusiva para PCD)
Ensino Fundamental Completo
Não exige experiência
01 vaga 

ENCARREGADO DE ALMOXARIFADO
Ensino Médio Completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

ENFERMEIRO(ESTÁGIO)
Estudantes a partir do 6° semestre
03 vagas 

SOLDADOR
Ensino Fundamental Completo
Experiência mínima de 06 meses na carteira
02 vagas 

SALVA-VIDAS
Ensino Médio Completo
Curso de Salva-vidas
Experiência mínima de 06 meses na função
01 vaga 

TÉCNICO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Ensino Superior Completo em Engenharias ou Técnico em Segurança do Trabalho
Experiência mínima de 06 meses na área
Curso de Empilhadeira e Guindalto
Habilitação B
01 vaga 

TÉCNICO ELETRÔNICO DE CELULAR
Ensino Médio Completo
Experiência mínima de 06 meses na área
01 vaga 

TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO
Curso completo de técnico de enfermagem do trabalho
01 vaga 

TÉCNICO DE ENFERMAGEM (ESTÁGIO)
Estudantes a partir do 2° semestre
03 vagas 

VENDEDOR PRACISTA
Ensino Médio Completo
Possuir moto própria e habilitação A
Experiência mínima de 06 meses na carteira
01 vaga 

VENDEDOR PRACISTA
Ensino Médio Completo
Experiência mínima de 06 meses com vendas
01 vaga 

VENDEDOR INTERNO
Ensino Médio Completo
Experiência mínima de 06 meses na área
02 vagas

Jovem de 18 anos foi morto com 12 tiros em Itabuna

Marcoerson Mendes Linos, 18 anos, mais conhecido como Marcola, foi assassinado com cerca de 12 tiros, no local conhecido como Gogó da Ema, no bairro Sarinha, por volta das 05:30 deste domingo (14). Morador da rua J, bairro Jaçanã, Marcoerson foi executado com tiros no pescoço, abdômen e pernas. 
Ele ainda foi socorrido em um carro particular com sinais vitais, mas morreu ao dar entrada no Hospital de Base de Itabuna. De acordo com informações, Marcola tinha envolvimento com o mundo do crime. A polícia investiga. Foi o 2º homicídio no mês de maio e o 56º de 2017 em Itabuna.

Palácio do Planalto emprega babá de Michelzinho.

O Palácio do Planalto emprega uma babá de Michelzinho, Leandra Brito, como assessora do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia), órgão responsável por municiar o presidente da República com dados para a tomada de decisão, informa a coluna de Lauro Jardim neste domingo 14; "Leandra diz não ser babá do menino, mas não sabe precisar o que faz no palácio", diz a nota; no Tijolaço, o jornalista Fernando Brito comenta ser "lamentável que o caso atinja uma pessoa simples", mas que "a moça é um nada perto do papel que o Governo faz como babá dos banqueiros e dos rentistas, marmanjos mimados de quem faz todas as vontades"

Juiz não pode julgar pensando em consequência política, diz Moro.

Juiz não pode julgar pensando em consequência política, diz Moro

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato na primeira instância, disse neste sábado (13), em um evento em Londres organizado por brasileiros que estudam em universidades britânicas, que juízes não podem julgar pensando na consequência política que a decisão irá gerar.

Em apresentação no Brazil Forum UK, o magistrado foi questionado sobre a exposição de juízes na mídia e respondeu: "não creio que isso gera um grande problema, desde que não invadam política partidária".

Em seguida, Moro falou sobre casos envolvendo corrupção de agentes políticos. "Um julgamento, seja absolvitório ou seja condenatório, ele sempre tem reflexos políticos, mas esses reflexos políticos ocorrem fora da corte de justiça", disse.

"Quando se condena, por exemplo, um ex-político de envergadura, alguém que teve um papel às vezes até respeitável dentro da conjuntura política do país, isso vai gerar reflexos dentro da vida partidária. [...] O juiz não pode julgar pensando nisso, o juiz tem que cumprir seu dever e julgar segundo as leis e as provas", afirmou.

"Se o juiz for julgar pensando na consequência política, ele não está fazendo seu papel de juiz", enfatizou Moro. "Muitas vezes tem essa confusão de que julgamentos são políticos, quando na verdade não são", completou o juiz, sob vaias e aplausos da plateia.

Prisões preventivas

Na apresentação, Sérgio Moro afirmou que as prisões preventivas aplicadas por ele na operação Lava Jato visaram deter uma "corrupção sistêmica e serial". As decisões, segundo ele, também obedeceram a uma aplicação "ortodoxa" da lei.


 
Moro participou de um debate com o título de "Reequilibrando os poderes: o papel do Judiciário na democracia brasileira”. O juiz falou por cerca de 15 minutos. Quando foi chamado pela organização para discursar, ouviu aplausos e algumas vaias. Ao final da sua fala, os aplausos prevaleceram.

Ele disse reconhecer que pode haver divergência sobre o entendimento a respeito das prisões preventivas. No entanto, segundo Moro, todas as aplicadas na Lava Jato foram baseadas na lei.

"Esse tema da prisão preventiva tem sido polêmico. O que tenho falado nas minhas decisões é que não defendo nada diferente da aplicação ortodoxa da lei penal", afirmou o juiz.

"O que foi evidenciado por esses casos é que aquilo chamado corrupção sistêmica. Uma corrupção como uma prática habitual, profissional, serial, profunda e permanente, que chegou a contaminar as insituições", completou.

Ex-ministro de Dilma

O ex-ministro da Justiça e Advogado-Geral da União no governo Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, também participou do debate em Londres. Ele manifestou preocupação com o que chamou de um "fortalecimento do Judiciário" em comparação com os poderes Executivo e Legislativo.

Para Cardozo, esse fenômeno ocorre no Brasil e no mundo, e tem levado juízes a tomar decisões além da lei.

"Hoje nós temos um problema no mundo. Quem limita o arbítrio do Judiciário? Quem controla o controlador? Essa é uma questão mundial. Absolutamente mundial. Há autores que falam de ditadura de juízes", afirmou Cardozo.

O ex-ministro petista foi aplaudido tanto no início quanto no fim de sua fala. Ele ressaltou que o juiz pode não ser neutro, já que tem preferências pessoais, mas precisa ser imparcial.

"Eu vejo hoje no Brasil e no mundo decisões judicias que vão além do que a lei permite. O juiz não é neutro, é humano. Um juiz jamais será neutro. Ele não pode é ser parcial. Eu falo isso por convicção, não é de agora", disse.

Família é resgatada de trabalho semelhante à escravidão no ES.



Uma família de nove pessoas foi resgatada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Polícia Federal em uma situação de trabalho semelhante à escravidão em uma plantação de tomate, em Brejetuba, no Espírito Santo.

Os membros da família trabalhavam sem receber salário, a troco de um pouco de comida, dormindo no chão de concreto frio de uma casa insalubre.

A jornada de serviço começava antes de o sol nascer e adentrava a noite. Toda atividade também era vigiada por capangas, que descarregavam palavras de ameaças e humilhações.

Com a segurança em risco, a família está escoltada pelas autoridades num hotel em Venda Nova do Imigrante, esperando pelo pagamento de seus direitos trabalhistas.

Trazidos de Ilhéus, na Bahia, essas pessoas estavam seis meses sem salário e tinham várias dívidas com o patrão.

“Lá, a gente era tratado igual cachorro. O dinheiro ficava todo na vendinha da propriedade. Eles prometeram R$ 40 mil e disseram que a gente ia ganhar dinheiro. Chegando lá, a gente passou a trabalhar de domingo a domingo, igual escravo, só para receber comida”, desabafa Gilmar Oliveira Borges, de 34 anos.

Os auditores fiscais classificaram o caso como típico trabalho análogo à escravidão. Somente em 2016, outras 20 pessoas foram libertadas, no mesmo município e setor agrícola, em atividade classificada como degradante e desumana.

Por mais que pareça algo típico do passado, essa relação é prática recorrente no Espírito Santo profundo, dos grotões, das fazendas, algumas trancadas com cadeados.

Com base das ações fiscais realizadas nos últimos dois anos, o MTE estima que mil trabalhadores atuam - ou atuaram em período recente - em regime análogo à escravidão no campo capixaba. Pelo menos 80% dos casos são constatados nas culturas do tomate e do café.

Na produção de tomate, centenas de trabalhadores são atraídos, com falsas promessas de emprego e de ganhos por produtividade, de estados vizinhos, como Minas Gerais e Bahia.

No café, o número ultrapassa cinco mil pessoas. Ao chegar no local de trabalho, são forçados a assinar um contrato de parceria, que, na maioria das vezes, segundo o MTE, é utilizado de forma fraudulenta para evitar a contratação por meio da Carteira de Trabalho.

Os trabalhadores geralmente são aliciados por um intermediário, chamado de gato. Os problemas começam antes desses profissionais chegarem às propriedades, mas se agravam ao encontrar instalações precárias.

O gato chega a cobrar o custo com transporte, os gastos com uniformes e ainda retém a maior parte dos ganhos dos trabalhadores.

No campo de trabalho não há banheiro (as necessidades fisiológicas são feitas no meio do mato). Não existe refeitório ou qualquer tipo de assistência. As vítimas são alojadas em casas sem estrutura ou barracões improvisados e precisam bancar a própria comida, que geralmente é comprada na venda do próprio dono da propriedade.

Até equipamentos de proteção individual e itens de higiene básica são cobrados dos trabalhadores, que veem sua dívida crescerem dia após dia, até virar um valor impagável.

No caso da família que atuava em Brejetuba, um caderno apreendido pelos fiscais identifica uma dívida de R$ 5,2 mil, somente no mercadinho da fazenda. Itens como arroz, farinha e papel higiênico são vendidos a preços acima do comércio, mas são a única opção de compra dos trabalhadores, já que eles ficam impedidos de acessar regiões comerciais próximas.

O auditor fiscal do trabalho, Rodrigo de Carvalho, afirma que esse caderno comprova trabalho escravo de servidão por dívida.

“Tudo eles descontam na vendinha. Não recebiam valor nenhum. A dívida ia cada vez crescendo mais, e eles não tinham como sair de lá. Eles ficavam presos nessa propriedade em função desse débito que contraíram com o empregador”.

Além disso, eles pagavam R$ 130 de aluguel por mês em uma residência precária e insalubre, onde vários deles tinham que dormir no chão. “Também tinham as fortes ameaças que eles sofriam no local”, completa Rodrigo.


A denúncia

Foi olhando uma propaganda do Disque 100, na televisão, sobre violações de direitos humanos, que Marcos Oliveira, de 27 anos, resolveu denunciar a situação em que a família vivia. Arrumou um telefone emprestado, e pediu socorro. A denúncia foi encaminhada ao MPT no Espírito Santo, que repassou o caso ao Ministério do Trabalho. 

A primeira visita dos fiscais foi há duas semanas. Ao chegar à propriedade rural, foram ameaçados por alguns dos seus funcionários e precisaram recuar para buscar reforço. 

“Quando chegamos ao local, começamos a ouvir uns gritos do meio do mato: ‘sai daqui, sai daqui’. A gente estava desguarnecido, sem proteção policial. Montamos uma equipe e voltamos na terça-feira (dia 9) com a Polícia Federal para resgatar toda a família”, conta Rodrigo. 

A família, mesmo sem saber do que se tratava, viu na chegada dos fiscais a esperança de ganhar a liberdade. No entanto, a desconfiança do patrão em relação aos funcionários foi imediata e as ameaças aumentaram. 

“O patrão falou que se soubesse que era eu que denunciei, os outros trabalhadores iam resolver comigo. No mesmo dia, o pessoal todo queria me pegar pra me linchar na roça. Fiquei escondido com um medo danado. Ficou todo mundo contra a gente, e vieram lá em casa tentando me pegar”, conta Marcos. 

Flagrar as condições precárias e libertar os trabalhadores só foi possível após os auditores fiscais do Ministério do Trabalho conseguirem ajuda da Polícia Federal. “Mesmo com o reforço, chegaram mais de 20 homens, cercaram a gente”, complementa Rodrigo.

Outro lado

Por telefone, o advogado do dono da fazenda, Vanderlei Cesconetti, negou que o fazendeiro tenha cometido qualquer crime. Justificou que a terra foi arrendada pelo seu cliente, que, por sua vez, fez parcerias agrícolas com outras famílias. 

No entanto, para o Ministério do Trabalho, esse modelo de contratação tem a finalidade de burlar a lei. “Em fiscalizações anteriores, esses auditores agiram com inverdade. Vamos processá-los. A mercearia é de um terceiro, de um comerciante local. Não teve ‘gato’, nem venda em mercearia do Vanderlei. São de 23 a 27 famílias no local. Desse total, apenas três estão alegando trabalho escravo. Todas as outras não alegam isso. Também não teve essa promessa de R$ 40 mil”.

Família vive há 20 anos na mão de aliciadores

Itabuna (BA), Uberlândia (MG), Sooretama (ES) e Vila Valério (ES). Esses são apenas alguns dos municípios por onde a família Oliveira passou, antes de chegar a Brejetuba. De fazenda em fazenda, as relações de trabalho degradantes ou análoga à escravidão se repetiam. 

O filho mais novo, o Márcio, nunca soube o que é ter uma casa ou morar fora de uma relação de exploração. “Nasci dentro de uma fazenda e sempre vi meus pais indo de um lado para o outro, nas mãos de gatos, explorados”. 

Desde quando saíram de Ilhéus, há duas décadas, a família já passou por pelo menos 23 municípios. Nas últimas quatro fazendas, o MTE identificou que o serviço era claramente análogo à escravidão. 

Na propriedade de Vanderlei, onde aconteceu a libertação, os fiscais encontraram, logo de cara, as primeiras evidências de servidão por dívida. 

“Apreendemos um bloco de anotações na venda. Nesse caderno é onde está as dívidas deles. Não tem compra de carne, nem bebida. De vez em quando tinha um frango. É só comida simples”, lembra Rodrigo, que completa: “O dinheiro não entrava para eles, era para pagar o gato”. 

A fazenda onde estavam os trabalhadores fica na localidade de Alto Silveira, a quase 30 quilômetros de Brejetuba. Os trabalhadores ficaram os seis meses sem poder sair da propriedade. 

“Eles não deixavam a gente ir embora. Nós só fomos uma vez (na cidade) para levar meu pai no hospital, mas tivemos que implorar. Falavam que a gente ia fugir e não pagar o que devia a eles”, afirma Marcos.