quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Voo particular de Wesley Safadão desvia rota por conta de mau tempo em cidade da Bahia: 'Pesado para chegar'

Cantor pousaria na cidade de Vitória da Conquista, onde fez show na noite de quarta-feira (8), mas precisou pousar em Ilhéus, a 262 km do município.

Por conta da falta de visibilidade causada pelo mau tempo, o voo particular do cantor Wesley Safadão, que tinha como destino Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, precisou fazer pouso em Ilhéus, no final da noite de quarta-feira (8). O cantor ia para a cidade para uma apresentação.

De acordo com a administração do Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, onde o cantor pousaria, apesar do ocorrido na quarta, não houve problemas com o voo de volta do artista, que decolou da cidade na manhã desta quinta-feira (9).


Após pousar em Ilhéus, o cantor e a equipe percorreram cerca de 262 quilômetros de carro para chegar em Vitória da Conquista. Em vídeos no stories do perfil oficial do cantor no Instagram, ele descreveu a situação com o voo e avisou da chegada aos fãs.

“Aqui vamos nós à Vitória da Conquista agora. Acabamos de pousar em Ilhéus", disse em um dos vídeos. "A gente não conseguiu pousar lá em Vitória [da Conquista] por conta do mau tempo. Agora vamos pegar alguns quilômetros até Vitória [da Conquista]”, comentou ele em outro.

Após chegar ao camarim na cidade baiana, Safadão postou mais vídeos. "Gente do céu! Graças a Deus chegamos aqui em Vitória da Conquista. Hoje foi pesado para chegar aqui hei?! O tempo aqui não está muito bom. A gente não conseguiu pousar, tivemos que ir para Ilhéus e rodar mais de quatro horas de carro. Chegamos agora aqui no camarim, a banda subindo para o palco e daqui a pouquinho nós vamos começar o nosso show aqui. Com a benção de Deus, 'bora' trabalhar", disse.

O G1 não conseguiu contato com a assessoria do cantor para saber de onde o avião particular partiu.

Monitor da Violência: dois meses depois, polícia conclui inquérito de 20 das 99 mortes ocorridas em uma semana na BA

Novo levantamento feito pelo G1 mostra o andamento dos inquéritos das mortes registradas entre 21 e 27 de agosto. No Brasil, são 1.195 casos.


Das 99 mortes violentas ocorridas no estado da Bahia entre 21 e 27 de agosto, apenas 20 estão com os inquéritos concluídos, o que representa pouco mais de 20% do total. Nos demais registros nas delegacias de Polícia Civil, 66 inquéritos seguem em andamento e outros 13 não tiveram as informações compartilhadas até a publicação desta reportagem.

O G1 registrou, no período de sete dias, todas as mortes violentas ocorridas no Brasil. Foram 1.195 no total. Agora, acompanha todos esses casos. O trabalho é resultado de uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Com uma série de iniciativas que envolvem reportagem e análise de dados, o projeto se chama Monitor da Violência.

PÁGINA ESPECIAL: quem são as vítimas e o andamento dos casos

CARTÓRIO DA IMPUNIDADE: diretores do FBSP analisam

SEM INVESTIGAÇÃO, GRUPOS ARMADOS SE FORTALECEM: o que diz pesquisador do NEV

A capital baiana, que registrou 30 das 99 mortes violentas, tem inquéritos abertos para todas as situações. Entretanto, em apenas uma delas conseguiu fechar a investigação e remeter o caso à Justiça. Trata-se de um duplo homicídio que ocorreu no bairro de Mata Escura no dia 23 de agosto deste ano. A resolução do inquérito não foi informada.

Ao todo, levando em conta Salvador, região metropolitana e interior, 70 das 99 mortes violentas registradas (70,7%) não tiveram prisões. Os 30 casos ocorridos em Salvador fazem parte desse universo de crimes sem punição.



Houve prisões ou apreensões em apenas 17 dos casos informados. Em 13 casos, o G1 não conseguiu dados com as fontes policiais a respeito de prisões.

Entre os 20 inquéritos concluídos no estado, 14 (70%) resultaram em prisões ou apreensões. A maioria das situações, 11 delas, foi em flagrante. Foi assim, por exemplo, no caso da morte de Fernanda da Silva Soares, de 16 anos, que foi encontrada em um matagal no município de Irecê, no norte da Bahia, no dia 23 de agosto. Um jovem de 17 anos, que era namorado da vítima, foi localizado após a morte com a camisa e a bermuda com marcas de sangue. Ele foi apreendido por infração análoga ao crime de feminicídio.

Outro caso de conclusão de inquérito em situação de prisão em flagrante tem a ver com a morte de cantor Erenilton Machado Messias, de 39 anos. Ele teria combinado trocar um violão por um compressor de ar, mas acabou desistindo da negociação com a pessoa interessada. A situação teria gerado um desentendimento e acabado com o crime. Clécio Santos, de 35 anos, confessou o homicídio.



Das 99 mortes violentas, o G1 não conseguiu obter informações sobre abertura de inquéritos e prisões em relação a 13 mortes. São elas: 

Itabuna (2): A reportagem não conseguiu contato com a Delegacia de Homicídios durante duas semanas de tentativas.
Jandaíra (1): O delegado estava de licença médica e não pode passar informações sobre um caso.
Camaçari (7): O G1 não conseguiu contato com as delegacias durante duas semanas de tentativas para obter informações sobre sete casos.
Vitória da Conquista (1): O inquérito sobre o caso de um arquiteto encontrado morto em casa é mantido sigilo e não foi informado.
Em Salvador (1) e Feira de Santana (1): as delegacias não conseguiram informações sobre dois casos, um em cada cidade, até publicação desta reportagem. 

MONITOR DA VIOLÊNCIA - INQUÉRITOS PELO BRASIL

    BRASIL: 60% das mortes não têm solução após 75 dias

    AC: 60% dos inquéritos concluídos

    AL: nenhuma prisão

    AM: quatro suspeitos presos

    CE: mais de 90% dos casos sem conclusão

    DF: nenhuma prisão

    ES: conclusão de 5 inquéritos

    GO: 36 investigações em andamento

    MA: uma prisão

    MT: autores de 10 homicídios identificados

    Grandes Minas: quatro suspeitos identificados e um preso

    Vales de Minas: nenhuma prisão

    PA: governo repassa dados de 15% das mortes violentas

    PB: identificados autores de 68% dos assassinatos

    PE: 31 mortes com autorias identificadas

    Caruaru e região: quatro mortes solucionadas

    Petrolina e região: nove mortes com autores desconhecidos

    PR: 18 pessoas presas

    PI: 54,5% dos inquéritos concluídos

    RN: quatro inquéritos concluídos

    RS: duas vítimas sem identificação

    RJ: quase 10 vezes mais homicídios que Londres

    Sul do Rio: sete pessoas presas

    RO: três assassinatos sem solução

    RR: nenhuma investigação concluída

    SP: conclusão de 23 inquéritos

    Campinas e região: um caso concluído

    SC: 15 mortes em investigação

    SE: uma prisão

    TO: duas investigações concluídas

    BA: polícia conclui 20 inquéritos





Jovem é presa com submetralhadora de fabricação israelense em casa, em Itabuna



Polícia perseguia grupo de homens que se escondeu no imóvel e conseguiu fugir. Mulher afirma que arma pertence ao namorado.

Uma jovem de 19 anos foi presa após uma submetralhadora de fabricação israelense ser apreendida na casa onde ela estava, em Itabuna, sul da Bahia. A apreensão foi feita por policiais militares da Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto) do 15º Batalhão, na quarta-feira (8).

A polícia foi chamada por testemunhas que denunciaram que homens estariam exibindo armas de fogo na Rua 7, no Loteamento Gegéu Rocha. Com apoio dos policiais da Ronda Tático Móvel (Rotam), as guarnições fizeram buscas na casa onde os suspeitos correram para fugir da abordagem policial.

Lá os policiais apreenderam, em cima da cama, a submetralhadora calibre 9 milímetros modelo UZI, e 20 munições. A jovem, que estava no imóvel, afirmou que a arma pertencia ao companheiro dela, que fugiu com a chegada da PM, juntamente com os comparsas.

A arma de fogo, dois celulares e os documentos pessoais da mulher e do companheiro foram apresentados na 2ª Delegacia, em Itabuna.

PM suspeito de matar jogador de basquete se apresenta em delegacia



Através de nota, a Polícia Civil disse que o suspeito alega que agiu em legitima defesa.

O policial militar Frederico Santos Costa, de 38 anos, suspeito de matar o jogador de basquete amador Edinei Moreira se apresentou no Departamento 

de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em Salvador, na tarde desta quinta-feira, 09, com dois advogados.

Segundo informações da Polícia Civil, Frederico já tinha um mandado de prisão contra ele desde segunda-feira (6).

Através de nota, a Polícia Civil disse que o suspeito alega que agiu em legitima defesa. “Frederico diz que foi ameaçado por Ednei e seus amigos, por isso acabou atirando no jogador”, contou o delgado Jose Bezerra Junior, diretor do DHPP, que conduziu o interrogatório.

Ainda conforme a polícia, dez testemunhas ouvidas no DHPP disseram que Frederico e a vítima discutiram por causa de um balde com cervejas, por volta das 3h30 da manhã e que, ao sair do estabelecimento, o policial perseguiu a vitima e deflagrou um tiro, de pistola ponto 380, de propriedade do soldado, que acertou Ednei.

Investigadores estiveram na casa do suspeito nesta quinta-feira e ele não estava na residência. No final da tarde, Frederico foi ao DHPP. A família da vítima, que tinha 30 anos, já tinha dito à imprensa que o suspeito seria um PM. Por meio de nota, a Polícia Militar informou que vai aguardar a informação oficial da Polícia Civil, para que as medidas cabíveis sejam adotadas.

O crime

Edinei morreu após ser baleado no Largo de Santana, no bairro Rio Vermelho, no último domingo (5). Na ocasião, um amigo de Edinei, José Raimundo de Jesus Ribeiro, de 29 anos, foi atingido no peito e no pé. Um vendedor ambulante, identificado como Ruy Moreira Bispo, de 61, também foi baleado. Os dois foram levados para o HGE. O estado de saúde deles não foi divulgado pelo hospital.

De acordo o DHPP, que investiga o caso, Edinei era baiano e estava em Salvador a passeio. Ele morava no Rio de Janeiro com esposa e filho. O departamento não soube informar quando a vítima chegou à capital baiana. Edinei foi sepultado às 16h de terça-feira (7), no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador.