segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Disk emergência do Samu de Itabuna sai do ar após problema técnico

O telefone do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 192, da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, está fora do ar, por conta de um problema técnico. A população pode acionar o serviço, por enquanto, por meio do telefone (73) 3214-8297. As informações foram passadas ao G1 pelo Samu, nesta segunda-feira (11).

De acordo com o serviço, o disk emergência parou de funcionar na madrugada do sábado (9), após o link dos servidores apresentar uma falha. Técnicos trabalham para restabelecer o serviço. A previsão do Samu é de que o telefone volte a funcionar ainda nesta segunda-feira.

Joesley e Ricardo Saud chegaram por volta das 15h30 na capital federal e farão exame de corpo de delito antes cumprir prisão temporária; delatores da JBS e ex-procurador tiveram endereços vasculhados pela manhã

O empresário Joesley Batista, um dos sócios do grupo JBS, e o executivo da empresa Ricardo Saud deixaram a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo na manhã desta segunda-feira (11) para serem transferidos para carceragem da PF em Brasília. Os dois delatores se entregaram à Polícia nesse domingo (10)  após terem a prisão temporária decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato.

Joesley Batista e Saud embarcaram no início da tarde em avião da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, rumo à capital federal, onde desembarcaram por volta das 15h30. Os dois passarão por exame de corpo de delito antes de serem alocados na cela da Superintendência da PF em Brasília, onde devem permanecer por ao menos cinco dias – prazo da prisão temporária. O regime das detenções poderá ainda ser convertido para preventivo, que é quando não há prazo para soltura.

Entenda o caso

A prisão dos dois empresários foi decretada por Fachin atendendo a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O chefe do Ministério Público Federal – que deixará o cargo ao fim desta semana – entendeu que Joesley e Saud descumpriram com o acordo de colaboração firmado com a PGR  e esconderam "deliberadamente a possível prática de crimes por terceiros" sob a orientação do ex-procurador Marcelo Miller.



As suspeitas surgiram após a análise da gravação de uma conversa entre os dois empresários da JBS, cujo áudio estava entre os materiais entregues à PGR no último dia 31 de agosto. No diálogo, que os procuradores acreditam ter ocorrido no dia 17 de março, Joesley chega a garantir a Saud que eles não seriam presos. Os dois tiveram que prestar novos depoimentos no fim da semana passada para tentar explicar essa gravação, mas ainda assim tiveram a prisão temporária decretada.

"São múltiplos os indícios, por eles mesmos [Joesley e Sayd] confessados, de que integram organização voltada à prática sistemática de delitos contra a administração pública e lavagem
de dinheiro. A prisão temporária, quanto a eles, como requerida pelo MPF, é medida que se impõe", escreveu Fachin ao acatar o pedido da PGR.

O ministro do STF negou de primeiro momento a prisão do ex-procurador Marcelo Miller, mas determinou que fossem cumpridas "medidas cautelares com a finalidade de angaria eventuais elementos de prova que possibilitem confirmar os indícios sobre os possíveis crimes atribuídos a Marcelo Miller".

A recomendação de Fachin foi atendida pela Polícia Federal pela manhã desta segunda-feira , com o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo e um no Rio de Janeiro em endereços dos delatores e do ex-procurador da República. A operação contou com apoio da procuradora Janice Ascari, que trabalha diretamente com Rodrigo Janot.

Em nota divulgada nesse domingo, a defesa de Joesley Batista e Ricardo Saud alegou que eles "não mentiram nem omitiram informações no processo que levou ao acordo de colaboração premiada e que estão cumprindo o acordo".

"Em todos os processos de colaboração, os colaboradores entregam os anexos e as provas à Procuradoria e depois são chamados a depor. Nesse caso, Joesley Batista e Ricardo Saud ainda não foram ouvidos", informa o texto. "No dia 31 de agosto, cumprindo o prazo do acordo, além dos áudios, foi entregue uma série de anexos complementares, e os dois colaboradores ainda estão à espera de serem chamados para serem ouvidos. O empresário e o executivo enfatizam a robustez de sua colaboração e seguem, com interesse total e absoluto, dispostos a contribuir com a Justiça", conclui.

Ex-preparador físico de Ayrton Senna, Nuno Cobra é preso em SP

Ele é acusado de ter assediado uma mulher durante um voo em 2015


Denunciado pelo crime de violação sexual contra uma mulher durante um voo em 2015 entre Curitiba e São Paulo, Nuno Cobra, ex-preparador físico de Ayrton Senna, foi preso preventivamente nesta segunda-feira (11) por ordem da juíza Raecler Baldresca, da 3.ª Vara Federal Criminal.

Segundo o relato da vítima, que não teve seu nome divulgado (R.S.C), Cobra sentou-se ao lado dela no avião e começou a conversar dizendo que trabalhava com o corpo e manipulação de energias. Durante a decolagem, tocou os seios, o rosto e as pernas da mulher em "várias ocasiões". Ele teria trocado de assento com outro passageiro, que o reconheceu como sendo o ex-preparador físico de Senna, para poder aproximar-se da mulher. 

A juíza Raecler Baldresca condenou Nuno Cobra a três anos e nove meses de prisão em regime inicial aberto e substituiu a pena para prestação de serviços à comunidade e à prestação pecuniária – pagamento mensal de um salário mínimo a entidade pública ou privada.

"A prova dos autos é plena no sentido de que o acusado tocou na vítima sem o seu consentimento, reiterada vezes, aproveitando-se do momento da decolagem da aeronave em que se encontravam", escreveu a magistrada. "Mais que isso, os elementos dos autos apontam a inequívoca intenção de se aproximar da vítima com essa finalidade, tanto que trocou de assento com outro passageiro para sentar-se ao seu lado e alcançar seu propósito, valendo-se também do fato de se tratar de preparador físico para ardilosamente justificar seus toques".

Procurado pelo R7, o advogado de Nuno, Sergei Cobra, estava em audiência e não retornou o contato da reportagem. De acordo com os autos, o ex-preparador físico de Ayrton Senna negou as acusações e salientou que "a tese acusatória da prática de atos libidinosos está arrimada apenas no depoimento da vítima".

Nuno Cobra ganhou destaque no mundo esportivo pelo trabalho realizado com Ayrton Senna nos anos 1980. O tricampeão de Fórmula 1 foi um dos primeiros pilotos do automobilismo a cuidar do preparo físico com uma rotina intensa de treinamentos.

Segundo caso

Ayrton Senna e Nuno Cobra em imagem de 1990
No último dia 5 de setembro, uma jornalista compareceu ao Ministério Público Federal (MPF) e afirmou que alguns dias antes também foi vítima de atos libidinosos por parte de Nuno Cobra, após ter sido entrevistado por ela, inclusive com outros jornalistas presentes no local. Diante disso o MPF requereu sua prisão preventiva, que foi prontamente deferida pela juíza.

"Não tenho a menor dúvida de que a segregação cautelar do acusado é medida de urgência e está amparada pela lei processual penal como forma de impedir que continue a delinquir. Observo, ainda, que as medidas cautelares alternativas à prisão [...] não são suficientes para garantir a interrupção da continuidade delitiva praticada pelo acusado e resguardar a ordem pública turbada pela reiteração criminosa", conclui a magistrada Raecler Baldresca.