segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Jogadores de futebol, de ricos a pobres… Uma loucura!


É preciso estar preparado para ser um profissional no futebol, mas ainda mais para deixar de ser um. Como tudo na vida, é mais fácil destruir do que criar, e esses futebolistas perderam sua carreira. Quando não se está preparado para deixar a carreira de jogador de futebol os inconvenientes podem aparecer.

A vida volta a ser como era antes, deixa-se de ganhar muito dinheiro e a atividade que deu sentido à vida desaparece de um dia para o outro. Estes são os casos de jogadores de futebol que estiveram no topo, não souberam como se manter e caíram.

Um empréstimo que acabou com sua economia


“Bam Bam” Zamorano passou pelo Real Madrid e pelo Inter de Milão, entre outros. Na Itália, estima-se que ele embolsou cerca de 2,5 milhões de dólares por temporada. Esse dinheiro não foi suficiente para o símbolo chileno e ele pediu um empréstimo quando lhe restava algum dinheiro. Ele não conseguiu fazer frente às parcelas e agora deve mais de 3 milhões de dólares.

Desenvestimentos


Quando um esportista de alta performance tem uma carreira de sucesso, o único que falta é saber investir seu dinheiro para, assim, manter seu padrão de vida luxuoso. Nisso apostou o jogador de basquete do Chicago Bulls Scottie Pippen. Entretanto, más decisões significaram cerca de 120 milhões de dólares em prejuízos em negócios entre aviação, comida gourmet e construções.

O pior investimento


O ganês Souleyman Sané jogou no Freiburg e no Nuremberg da Bundesliga. Ele embolsou cerca de dois milhões de euros. Esse número para a atualidade parece pouco, mas na sua época era um bom dinheiro. Sané não conseguiu manter-se e atualmente não pode pagar suas despesas correntes. Um investimento que realizou de 150 mil euros foi a chave, gerou despesas e, assim, acabou destruindo todo o seu patrimônio.

Vícios


A personalidade prepotente que tinha Mike Tyson diante de seus adversários é a mesma com que se expressava fora do ring para cuidar do seu dinheiro. Aquele que embolsou mais de 300 milhões de dólares em lucros e declarou falência em 2003. A razão? O dinheiro gasto sem nenhum critério em joias, roupa e outros bens. Além do prejuízo gerado pelo seu vício em cocaína. 

De campeão do mundo à limpeza de banheiros


Andreas Brehme conseguiu chegar à final da Copa do Mundo da Itália de 90 e também fazer um gol. Graças ao seu gol, a Alemanha tornou-se campeã mundial. O ex-zagueiro passou de herói nacional para a limpeza de sanitários por causa de uma dívida de 200 mil euros. Seu último trabalho fixo foi em 2006, quando ele foi assistente técnico do Stuttgard.

O esporte te dá e te toma


A recaída econômica da atleta Marion Jones começou quando ela foi obrigada a devolver suas medalhas de ouro obtidas nas Olimpíadas de Sidney, em 2000, por doping. Além disso, teve que pagar uma quantia em dinheiro para competir com substâncias ilícitas. Ela, inclusive, foi presa e vendeu a casa de sua mãe para poder sobreviver.

O Padeiro Cabañas


Apesar de desperdiçar seu dinheiro, a vida de Salvador Cabañas foi manchada por crime. O paraguaio viveu uma situação fatídica em uma boate no México em 2010, quando ocorreu uma briga. Um homem atirou na sua cabeça e a bala ficou alojada no crânio. Depois de várias operações, conseguiram remover a bala e levou muitos meses para que Salvador se pusesse de pé novamente. Seu último trabalho foi em uma padaria que pertence à sua família.

A culpa é do meio?


Muitos esportistas se deixam levar pelo ambiente que os rodeia e, ao mesmo tempo, parece lógico que queiram que pessoas mais próximas possam ter uma vida mais confortável se isso depender de um empréstimo de alguns milhões. Mas o que aconteceu com Allen Iverson foi uma loucura. O armador embolsou mais de 155 milhões de dólares, os quais seus amigos se encarregaram de gastar. 

O problema da dependência química


Julio Alberto, ex Barcelona e Atlético de Madrid foi companheiro de equipe de Diego Maradona. Ele diz que o ajudou com seu vício em drogas, algo que Maradona nunca pode retribuir. As substâncias o marcaram depois de seu tempo de jogador e o deixaram sem trabalho e família. Julio Alberto culpou a droga pela deterioração de sua vida em geral, não apenas o lado dos esportes.

O caixa automático humano


Foi o próprio Antoine Walker, ex-jogador de basquete do Boston Celtics, quem descreveu seu status com perfeição: “Acabei me tornando uma espécie de caixa automático”.Isso aconteceu porque as 30 pessoas que o rodeavam, como família, dissiparam os 108 milhões de dólares que tinha como seu patrimônio.

Best, o festeiro


O irlandês George Best foi um dos melhores jogadores da história e ganhou a Bola de Ouro em 1968. O apelidado de “QuintoBeatle“, declarou: “Em 1969 deixei as mulheres e o álcool, foram os piores 20 minutos da minha vida“. E então ele acrescentou: “Eu gastei muito dinheiro em bebidas, mulheres e carros de corrida. O resto eu desperdicei“.

Não soube administrar


É comum que esportistas tenham muita dificuldade em administrar tanto dinheiro. Eles não estão preparados para administrá-lo, somente para ganhá-lo em seus respectivos esportes. O quarterback do San Francisco, Michael Vick, não soube gerir seus 190 milhões de dólares, perdeu tudo e, além disso, acabou na prisão por organizar rinha de cães.

O pior desfecho


Devastado pelas drogas, Paul Gascoigne, jogador inglês da Itália em 1990, vagueia pelas ruas da Inglaterra e foi visto em um estado lamentável. Seu estado de embriaguez parece constante. Uma das últimas notícias que se sabe sobre ele é que foi encontrado em uma vala depois de jogar golfe e tomar algumas bebidas.

A perdição em Las Vegas


O ditado popular diz que a cidade de Las Vegas, em Nevada – EUA, é a Cidade do Pecado. Nela se encontram muitas das tentações que atraem o ser humano e às quais o golfista John Daly não pôde resistir. Estima-se que ele, que havia acumulado 60 milhões de dólares no circuito, jogou a mesma cifra e algo mais em apostas na cidade.

Álcool, depressão e morte


Um dos brasileiros famosos, Manuel Francisco dos Santos, conhecido como Garrincha, foi quem participou da histórica seleção verde-amarela que ganhou as Copas do Mundo de 1958 e 1962. Garrincha não soube lidar com a fama porque não tinha a educação para suportá-la e caiu na pobreza, em quadro depressivo somado ao álcool e aos jogos de azar. Aos 49 anos ele morreu.

No que você apostou?


O jogador de beisebol americano Pete Rose levou seu nome às alturas por ser um dos melhores batedores da história das Grandes Ligas. Entretanto, ele acabou caindo na tentação das apostas, o que o levou a aposentar-se e não poder entrar ao Salão da Fama.

As apostas de Vieri


“El Toro” Christian Vieri sabia como aproveitar os contratos milionários que floresciam no futebol. O ex-atacante italiano teve sua época de ouro na Série A, onde ganhou muito dinheiro. Vieri perdeu seu dinheiro no cassino e o trabalho de toda a sua vida. O coquetel explosivo foi completado com saídas noturnas, bebidas alcoólicas e mulheres. Alguns anos atrás, quebrou a empresa que mantinha e perdeu mais de 14 milhões de dólares.

As drogas, ruins em todos os sentidos


O linebacker que faz parte do Salão da Fama da National Football League, Lawrence Taylor, foi um dos profissionais mais bem pagos dos anos 80. Apesar disso, seu vício nas drogas, cocaína especialmente, arruinou tudo. Dos 50 milhões de dólares que tinha não sobrou nada.

A má gestão do dinheiro


Ailton da Silva foi a transferência mais cara do Werder Bremen, e também campeão lá. Uma de suas despesas extremas foi de 100 mil euros por mês que gastava com roupas. Além disso, fontes próximas ao jogador disseram que ele nunca teve uma boa gestão de sua renda. Finalmente, ele fez investimentos que não lhe deram lucro.

Muita festa


Evander Holyfield será para sempre lembrado como aquele boxeador que levou uma mordida de Mike Tyson numa luta. A verdade é que há outro fato negativo que persegue o sobrenome do americano. Ele desperdiçou todo o dinheiro que ganhou com carros de luxo, festas privadas e uma casa de 109 quartos.

Mais que um nome de um estádio


O estádio, onde hoje joga o Inter da Itália, se chama Giuseppe Meazza devido ao histórico atacante que brilhou nos anos 30. Naquela época, com o futebol ganhava-se muito menos dinheiro do que na atualidade, mas o pouco que ele foi capaz de juntar foi mal gasto em álcool e no jogo. Não foi à toa que Meazza morreu de cirrose.

Atropelou sua fortuna


Aquele que foi um grande batedor profissional de beisebol não pôde controlar seu fanatismo por carros de luxo e foi à bancarrota em 1992. Entre suas propriedades, estava uma Ferrari de 700 mil dólares e um Rolls Royce. Na época do vício, chegava a pagar parcelas de 17 automóveis ao mesmo tempo. Um disparate.

Nem um pouco profissional


Adriano, ex-jogador do Inter fez sua fortuna com base em gols. Os problemas de comportamento o forçaram a retornar ao Brasil, onde sua falta de controle aumentou. Além de sua condição física muito fraca, problemas com álcool e drogas o levaram para longe do futebol. A última aparição foi em equipes da quarta divisão dos Estados Unidos.

Não vingou como empresário


Lenny Dykstra empreendeu um negócio de lavagem de carros, uma companhia de revistas, investimentos imobiliários e uma página de internet. Poucos anos depois, declarou falência. Aquele que era um sucesso no beisebol não teve o mesmo desempenho nos negócios e terminou devendo mais de 30 milhões de dólares a credores. 

Aposentado pelo álcool


O holandês Van Der Meyde fazia parte do Ajax com Zlatan Ibrahimovic, Wesley Sneijder e Rafael Van der Vaart e fez incursões no Inter de Milão e no Everton inglês. Drogas, álcool e problemas em sua família o levaram à ruína. Sua explicação era que ele não queria pensar em futebol e por isso bebia. Seu alcoolismo atingiu o pico aos 31 anos quando teve que se aposentar porque já era insustentável.

Tudo para ir à falência


Latrell Sprewell alcançou a cifra de 96 milhões de dólares em toda a sua carreira esportiva como jogador de basquete do Golden State Warriors, New York Knicks e Minnesota Timberwolves. E também se deu ao luxo de recusar um contrato de 21 milhões de dólares porque o considerou insuficiente para manter sua família. Depois disso, esbanjou seu dinheiro na compra de um barco, realizou maus investimentos e acabou hipotecando sua casa.

O emblemático caso Bosman


O caso do belga é algo paradigmático. Ele foi o propulsor para que quando um jogador esteja sem contrato, não precise do endosso de seu clube atual para negociar com outro. Com isso, ele fez com que seus colegas posteriores ganhassem milhões de dólares Ele cobrava apenas 350 mil francos suíços de compensação com os quais não pôde manter-se e em pouco tempo foi preso por agredir sua esposa.

Maus negócios


Como vimos nos casos anteriores, os esportistas não costumam ser os mais indicados para lidar com o mundo dos negócios, e com Raghib Ismail não foi diferente. Depois de abandonar a NFL, Ismail continou fazendo dinheiro na liga canadense de futebol. Foram os maus investimentos em um café chamado Rock’n’Roll, em um filme, em cosméticos, e em celulares que o levaram à rua da amargura.

Antes e depois de Cruyff


Uma das maiores lendas do futebol peruano, Hugo Sotil declarou que não é um mendigo. Suas palavras explicam o declínio que ele sofreu depois de jogar no Barcelona e sua luta com Johan Cruyff, que marcou sua saída nos nos 60. No momento, ele sobrevive fazendo inícios de partidas em torneios de bairro em seu país.

50 milhões!


Para muita gente, ter 50 milhões de dólares é ser incrivelmente rico, enquanto que para outros, essa é simplesmente a quantia de dinheiro que já gastaram. Nesse último grupo de pessoas se enquadra Mark Brunell que, depois de desperdiçar esse dinheiro e declarar possuir bens avaliados em apenas 5 milhões, veio à tona ter uma dívida de 25 milhões. Por conta disso, teve que voltar a trabalhar.

Acusado de estupro


Hertha Berlim foi o clube mais importante em que Marcelinho Paraíba jogou. Depois de festas exageradas e muitos gastos, ele perdeu quase tudo o que ganhou com os melhores clubes que jogou. Hoje com 42 anos, Marcelinho volta ao Treze para a temporada de 2018, jogando pela série D. Em 2011, ele foi indiciado por tentar estuprar uma mulher em Campina.

Continuou perdendo dinheiro mesmo depois de morrer


Nem os recordes atrás de recordes alcançados por Johnny Unitas durante as três décadas que jogou na NFL, foram suficientes para que ele tivesse consciência do seu dinheiro e para que cuidasse do mesmo. O ex-atleta jogou fora todo seu dinheiro em luxos que até seu círculo de pessoas mais próximas desconhece. Em 1991 declarou falência, em 2002 morreu e, com isso, sua companhia Unitas Management Corp foi à bancarrota.

Sua perdição: as cartas


O atacante inglês Michael Owen foi uma das figuras emblemáticas da seleção inglesa na Copa da França, em 1998, por seus dribles e rapidez. Isso lhe garantiu a Bola de Ouro em 2001 e milhões de euros em contratos no seu momento auge. Pouco tempo depois, perdeu boa parte de seu dinheiro nos jogos de cartas. Estima-se que foram 45 mil euros durante uma tarde no Mundial de 2002 e outros 3 milhões em corridas de cavalos.

Sustentava 9 filhos


Os desamores ou maus relacionamentos que Travis Henry teve na sua vida o levaram a ter que manter 9 filhos de 9 mulheres diferentes ao mesmo tempo. Ele foi acusado de tráfico de cocaína e logo depois foi preso por não haver pagado temporariamente a pensão de um de seus nove filhos. E isso porque ganhava 25 milhões de dólares pelo seu contrato com os Broncos, imagina se não ganhasse isso tudo então…

Sempre apostando


Ele viveu sua vida jogando, mas não precisamente futebol. Keith Gillespie foi conhecido como um dos jogadores mais importantes na história do Irlando do Norte. Inclusive chegou a representar o Manchester United, em que ganhou a Youth Cup em 1992. Entretanto, numa tarde de jogatina foi capaz de perder 47 mil libras. As apostas acabaram com seu luxuoso estilo de vida e o deixaram quase sem nada.

Uma dívida enorme


Parece fruto de alguma magia o fato de que um dos jogadores de beisebol com um dos salários mais caros de todo o esporte, como era Tony Gwynn, possa ter contraído uma dívida de 1,1 milhões de dólares em passivos. Em sua sexta temporada com o San Diego Padres, ele declarou falência e, a duras penas, pôde se manter.

Dívida milionária com a bebida


Derrick Coleman passou parte de sua carreira profissional com alguma lesão e perdeu vários jogos, além de ter tendência a ganhar peso e a beber com frequência. Nos 15 anos de carreira, recebeu mais de 87 milhões de dólares, que não foram suficientes para evitar a bancarrota em 2010, com dívidas de mais de 4 milhões de dólares.

Como pôde ter gastado tanto?


Se fizermos uma revisão dos contratos que Kenny Anderson obteve ao longo da vida, chegamos à conclusão de que ele acumulou cerca de 60 milhões de dólares graças ao NBA e ao seu talento, obviamente. Mas foi também por sua culpa que perdeu tudo. Primeiro que, ao divorciar-se de sua esposa Tami Akbar, teve manter seu filho mensalmente. Somado a isso, também teve que manter duas outras ex-esposas, transformando-se num combo economicamente letal.

Sobreviveu com 800 dólares por mês


A vida que Dick Lane levou esteve ligada às drogas e ao álcool, portanto, o fato de que seu dinheiro tenha acabado parece lógico. Além disso, os investimentos que o mesmo fez em propriedades e música, tanto dentro como fora dos Estados Unidos, foram um fiasco. O mesmo teve que sobreviver então, com 800 dólares por dia da pensão que recebia da NFL por contusões. 





Dos 77 condenados por Moro, TRF-4 só absolveu cinco


O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) absolveu apenas cinco dos 77 condenados pelo juiz federal Sérgio Moro em quase quatro anos de Operação Lava Jato. Nesta quarta-feira, a Corte de segunda instância vai analisar o primeiro recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso seja confirmada a pena de 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação do triplex no Guarujá (SP), o petista poderá ficar inelegível. 

O resultado do julgamento terá impacto na disputa pelo Palácio do Planalto e vai mexer com o xadrez da eleição deste ano. A dificuldade jurídica de Lula se reflete em seu futuro político e no de seu partido. No domingo, 21, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o PT teme encolher na Câmara, no Senado e nos governos estaduais caso o petista seja impedido pela Lei da Ficha Limpa de disputar a Presidência mais uma vez.


A defesa do petista alega inocência. As estatísticas do TRF-4, porém, revelam obstáculos impostos a Lula. O índice de absolvição na 8.ª Turma Criminal da Corte - responsável em Porto Alegre por julgar os recursos contra as sentenças de Moro, da 13.ª Vara Criminal Federal, de Curitiba - é de 6,5%. Apesar das reformas das decisões, 93,5% dos condenados não conseguiram escapar da pena de prisão.

O criminalista Carlos Eduardo Scheid, doutor em Direito, prevê "desafio muito grande" para Cristiano Zanin Martins e equipe, uma vez que, ao longo de 20 anos, a jurisprudência do TRF-4 considera "o Estado frágil em relação à criminalidade econômica". Lula foi condenado por envolvimento no esquema de cartel e desvios na Petrobras.

"Normalmente um processo que tem uma prova indiciária e um processo cuja prova traz dúvidas é um processo que conduz à absolvição. Mas, em alguns casos especiais, o TRF-4 entende que essa dúvida não é uma dúvida razoável, porque eles aplicam a teoria do domínio do fato e aplicam a questão da cegueira deliberada", explicou Scheid, que atua na Corte, mas não defende nenhum acusado na Lava Jato.

Segundo o criminalista, Moro conhece bem a jurisprudência do Tribunal. "As ações que são analisadas pelo TRF-4 são processos que tendem a ter um afrouxamento das garantias constitucionais e uma valoração das posições do juiz de primeiro grau. Por isso, o índice de reversão das decisões de Moro é baixíssimo", afirmou Scheid.

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato em Curitiba, comemorou os números e a coesão entre primeira e segunda instâncias. "O mais relevante é o grau de sucesso das acusações. Como o TRF-4 é o último grau de avaliação probatória, podemos dizer que o convencimento das provas levantadas nas acusações é superior a 90%", afirmou Lima, um dos integrantes da força-tarefa.

Absolvições

Até o momento, 98 decisões de Moro - um condenado por ter mais de uma sentença - foram analisadas pelo TRF-4 em 23 recursos. Foram absolvidos o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (duas vezes), os executivos da empreiteira OAS Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Fernando Augusto Stremel Andrade, o operador André Catão de Miranda e também Maria Dirce Penasso, mãe da operadora Nelma Kodama.

Preso desde abril de 2015, Vaccari foi condenado em cinco ações penais a 45 anos e 6 meses, por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Três sentenças de Moro já foram analisadas pela Corte - uma de 15 anos e 4 meses, outra de 9 anos e a terceira de 10 anos. Nas duas primeiras, a defesa conseguiu a absolvição. Na terceira, a pena foi aumentada para 24 anos.

A primeira vitória de Vaccari na 8.ª Turma Criminal ocorreu em junho do ano passado e a segunda, em setembro. Os desembargadores federais entenderam que "a existência exclusiva de depoimentos" de delatores não era capaz "de subsidiar a condenação".

"A lei brasileira exige provas que confirmem a palavra do delator", disse Luiz Flávio Borges D’Urso, defensor de Vaccari e ex-presidente da OAB-SP. "A reforma de decisões proferidas pelo juiz da Lava Jato repousa, exclusivamente, no aspecto técnico. Aliás, é para isso que servem os recursos: para que as instâncias superiores possam rever as decisões de primeiro e segundo graus, e corrigi-las", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Homem morre após colidir moto que pilotava em poste, em Itabuna


Um homem de 27 anos morreu na madrugada deste sábado (20), em Itabuna, no sul da Bahia, após colidir a moto que pilotava em um poste.

De acordo com a polícia, o acidente ocorreu na Avenida Amélia Amado. A vítima foi identificada como Edvaldo Fugueiredo Júnior. Ainda segundo a polícia, Edbaldo não usava capacete no momento da colisão.

O corpo de da vítima foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica da cidade, onde passará por perícia. Não há informações sobre data do sepultamento.

Julgamento de Lula: o evento que vai dominar a semana


O julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para a quarta-feira 24, vai dominar a semana. Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, reúnem-se às 8h30 para iniciar os trâmites da sessão, que terá, inclusive, transmissão on-line em tempo real dos votos contra ou a favor de Lula em sua condenação a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro dada pelo juiz federal Sergio Moro no caso do tríplex de Guarujá. Foram 3,7 milhões de reais em benesses fornecidas pela empreiteira OAS em troca de influência em contratos da Petrobras, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal.

No fim de semana, membros da Frente Brasil Popular chegaram à capital gaúcha e iniciaram a montagem da estrutura do acampamento no Anfiteatro Pôr do Sol, em “defesa do direito de Lula ser candidato” à Presidência da República. Deputados federais e senadores do PT devem comparecer em peso ao Sul do país para atos programados para o dia do julgamento. Diz o partido que 50.000 pessoas estarão presentes e haverá manifestações nas mais diversas capitais. Não se sabe ainda se Lula estará em Porto Alegre ou participará de protesto em São Paulo.

A confirmação da condenação de Lula em um tribunal colegiado, como é o TRF-4, pode torná-lo inelegível pela Lei da Ficha Limpa e tirá-lo do pleito mesmo sendo o primeiro colocado nas pesquisas de opinião. Mais que isso, pelo entendimento atual do Supremo Tribunal Federal, o cumprimento de pena pode começar a ser executado após condenação em segunda instância. Em bom português: Lula pode ser preso, caso assim determinem os desembargadores. Não deve acontecer já nesta semana, pois devem se esgotar ao menos os embargos de declaração, recurso a que Lula tem direito no pior cenário de confirmação da condenação por unanimidade entre os três juízes da 8ª Turma do TRF-4.

Como é difícil que o Tribunal Superior Eleitoral aceite Lula candidato em caso de condenação, partidos de esquerda terão de achar outro nome agregador. Ciro Gomes (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB), Fernando Haddad (PT) e Jaques Wagner (PT), segundo analistas políticos, não têm a capacidade de aglutinar os votantes. Uma nova estratégia precisará aparecer ou os advogados do ex-presidente precisarão tirar um coelho da cartola para viabilizá-lo caso a decisão do TRF não seja favorável. Faltam pouco mais de 48 para o início do julgamento.

‘Não sou nenhum assassino’, diz homem que atropelou 18 no Rio


O administrador de empresas Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, que atropelou 18 pessoas no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, na quinta-feira, 18, disse que não é assassino e pediu perdão a todas as vítimas do episódio.

“Quero dizer que não sou nenhum assassino, não tive intenção nenhuma de matar ninguém e peço perdão a todas as pessoas que sofreram e que estão sofrendo por essa tragédia que eu causei”, disse, em depoimento em vídeo gravado para o Fantástico e exibido pelo programa da TV Globo neste domingo.

Ele também voltou a afirmar que teve um apagão em razão de um ataque epiléptico que sofreu no momento do acidente. Anaquim sofre do distúrbio cerebral e toma medicamentos, mas omitiu essa informação ao renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ). Ele também estava com a carteira suspensa, com 62 pontos decorrentes de multas de trânsito.

“Eu tive uma ausência. Você fica completamente congelado, se contorce para o lado e perde totalmente a consciência das coisas, de tudo. Quando comecei a ter uma consciência, ainda muito grogue, não estava praticamente entendendo nada, vendo o vidro do meu carro quebrado e dois policiais na minha porta, conversando comigo, tentando me explicar. Mas eu não conseguia entender nada do que estava acontecendo”, disse.

Pais

A reportagem também ouviu os pais da bebê Maria Louise, de oito meses de idade, que morreu no atropelamento em massa. “Quando eu vi, já estava no chão, um monte de gente em volta, eu procurando saber do meu nenê”, disse a mãe Niedja Araújo da Silva. “Ele estava proibido de dirigir, carteira vencida, não poderia mais dirigir pelo Detran, mas estava dirigindo normalmente. O que é isso? Cadê as leis?, questionou o pai, Darlan Rocha.

Anaquim foi indiciado pela Polícia Civil do Rio por homicídio e lesões corporais dolosas e poderá responder à investigação em liberdade. Laudos feitos a pedido da polícia comprovaram que ele não havia ingerido álcool e não trafegava acima do limite de velocidade.