A pedido dos Estados Unidos, a polícia do Canadá prendeu uma executiva chinesa que é diretora-financeira da segunda maior fabricante de smartphones do mundo.
Meng Wanzhou foi presa enquanto fazia uma conexão de voo em Vancouver, no Canadá. O Departamento de Justiça Americano quer que ela seja extraditada para os Estados Unidos.
Só a importância da Huawei já seria suficiente para assustar os mercados mundiais. Mas o impacto estremecedor nas bolsas mundo afora foi potencializado pelo medo de que o caso faça ir por água abaixo a trégua na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Depois do encontro de Donald Trump e Xi Jinping no sábado (1º), veio o anúncio de que que os Estados Unidos iriam suspender por 90 dias as novas tarifas de 25% sobre importações que passariam a valer em janeiro.
Os mercados reagiram aliviados, prevendo que a disputa entre as duas maiores economias do mundo pudesse se encaminhar para um fim negociado. Enquanto isso, no mesmo dia, a executiva era presa no Canadá.
A notícia da prisão só foi divulgada na noite de quarta-feira (5) e as principais bolsas de valores ao redor do mundo despencaram.
Até agora nem os EUA nem o Canadá forneceram maiores detalhes sobre a prisão. Mas a imprensa mundial tem afirmado que as acusações são de violar sanções enviando equipamentos americanos para o Irã.
Mas não é de hoje que os Estados Unidos e outros países do mundo travam batalhas contra a Huawei. A empresa já enfrentou processos de concorrentes por suspeita de cópia de produtos.
Agências de inteligência dos Estados Unidos alegam que a Huawei é ligada ao governo da China e que seus equipamentos poderiam ser usados para espionar os americanos.
Os Estados Unidos nunca apresentaram uma evidência disso, e a empresa sempre negou as alegações.
As principais operadoras americanas pararam de revender equipamentos da chinesa em 2018. Austrália e Nova Zelândia também proibiram a Huawei de construir redes 5G nos países.
A empresa disse que não foi informada ainda dos motivos da prisão e o governo da China pediu esclarecimentos, e que a executiva seja libertada imediatamente.
G1