Segundo dados da Operação Política Supervisionada (Ops), ferramenta
colaborativa que fiscaliza os gastos de recursos públicos, os deputados
federais baianos gastaram mais de R$ 15 milhões em 2017.
O valor
refere-se à cota para o exercício da atividade parlamentar (Ceap), ao
qual todos os deputados têm direito. O recurso é pago mensalmente,
destinado a custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício dos
cargos.
No ano passado, Bebeto (PSB) encabeçou o ranking, utilizando um
total de R$ 467,6 mil da cota. Mário Negromonte (PP) aparece em segundo
lugar, utilizando o valor de R$ 466,3 mil. Já Benito Gama (PTB) usou R$
465,7 mil totais do recurso.
O quarto é de Afonso Florence (PT), que
precisou de R$ 464,6 mil. José Carlos Aleluia (DEM) gastou R$ 460,1 mil
da Ceap. Procurada pela Tribuna, a assessoria de Bebeto Galvão (PSB)
afirmou que o deputado está em missão parlamentar e que vai se
pronunciar posteriormente.A Cota para o Exercício da Atividade
Parlamentar é uma cota única mensal destinada a custear os gastos dos
deputados exclusivamente vinculados ao exercício da atividade
parlamentar.
O valor máximo mensal da cota depende da unidade da
federação que o deputado representa. Essa variação ocorre por causa das
passagens aéreas e está relacionada ao valor do trecho entre Brasília e o
Estado que o deputado representa. Para ver a lista completa, basta
entrar no site https://ops.net.br. A lista dos parlamentares que menos
gastaram em 2017, conta com um total de R$ 1,5 milhões de recursos do
Ceap. Félix Mendonça Júnior (PDT) foi o deputado em exercício da Câmara
dos Deputados que mais economizou no ano passado, utilizando R$ 291 mil.
Só podem ser indenizadas despesas com passagens aéreas; telefonia;
serviços postais; manutenção de escritórios de apoio à atividade
parlamentar; assinatura de publicações; fornecimento de alimentação ao
parlamentar; hospedagem; outras despesas com locomoção, contemplando
locação ou fretamento de aeronaves, veículos automotores e embarcações,
serviços de táxi, pedágio e estacionamento e passagens terrestres,
marítimas ou fluviais; combustíveis e lubrificantes; serviços de
segurança; contratação de consultorias e trabalhos técnicos; divulgação
da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores às eleições;
participação do parlamentar em cursos, palestras, seminários, simpósios,
congressos ou eventos congêneres; e a complementação do
auxílio-moradia.