Emilia Lima Ferreira, de 50 anos, Jessica Ferreira Barbosa, de 25 anos e Bruna Mile Ferreira Barbosa, de 24 anos, vítimas do incêndio em um prédio do Condomínio Iguatemi, em Feira de Santana, ocorrido na madrugada de terça (4), são da mesma família. A informação foi confirmada por um parente, que não quis ser identificado.
Emilia Ferreira, segunda vítima do incêndio, era mãe de Jessica e Bruna. As três foram socorridas e levadas para o Hospital Cleriston Andrade, em Feira de Santana, mas foram transferidas para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde não resistiram aos ferimentos.
Os corpos delas foram liberados na tarde desta sexta-feira (7), no Instituto Médico Legal (IML) de Salvador. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
Segundo uma familiar, as três estavam dormindo quando o incêndio começou. "Minha tia desceu desesperada e foi queimada. Bruna e Jéssica desceram para tentar ajudar minha tia e também pegaram fogo. Jessica ainda conseguiu voltar para o quinto andar, acho que para tentar jogar uma água no corpo, mas não resistiu", contou.
Além das três vítimas, a jovem Bárbara Brás Pereira, de 20 anos, morreu ainda no local do incêndio e foi sepultada na quinta-feira (6). A sexta vítima, identificada Neociane Souza Brás, mãe de Bárbara, segue internada no HGE. Ela teve queimaduras em 100% do corpo.
A Coelba informou que após avaliação técnica da concessionária, foi verificado que a rede elétrica foi atingida pelo fogo, provavelmente iniciado nas motos estacionadas no bloco 14 do condomínio. A empresa disse que a avaliação técnica também considerou fotos e vídeos do local, no momento do incêndio, que mostraram os equipamentos da rede ainda intactos e uma lâmpada acesa.
Caso
O incêndio ocorreu em um prédio do condomínio Iguatemi, na manhã de terça-feira, no bairro Mangabeira, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador.
A suspeita é de que o fogo tenha sido provocado por um problema na fiação da rede elétrica. As chamas atingiram duas motocicletas no térreo do prédio e se espalharam pelos andares do edifício.
O local do acidente ainda não passou por perícia, mas equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no prédio na quarta-feira e constataram situações que podem ter aumentado a gravidade do incêndio.
Entre essas situações, a sub-tenente Carla Souza localizou extintores vazios e com prazo de validade vencido desde 2013. Além disso, duas motocicletas que estavam estacionadas na única saída do prédio também impediram que as vítimas deixassem o local com mais facilidade. Os veículos também acabaram incendiados.
O combustível das motos atingidas pelas chamas fez com que o fogo se espalhasse rapidamente, conforme os bombeiros. Depois do acidente, alguns blocos já colocaram avisos para que as motocicletas não sejam colocadas nas entradas dos prédios.
G1