segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Deputado Marcell Moraes quer criação de Farmácia Veterinária Popular para toda a Bahia

O deputado estadual Marcell Moraes (PV), apresentou na Assembleia Legislativa da Bahia um projeto de nº 21.942/2017, que pede a criação da Farmácia Veterinária Popular em toda a Bahia. Para o parlamentar, a implantação desse novo serviço será de grande relevância a toda a população, principalmente aos protetores, devido ao grande número de animais que ajudam.

Esses são os que mais necessitam de medicamentos para dar continuidade ao trabalho com os animais carentes. “A Farmácia Veterinária Popular será de extrema importância para todos. Acredito que facilitando a compra de remédios, incentivará que mais pessoas possam ajudar os animais de rua, pois essa é uma das maiores dificuldades que os protetores enfrentam nessa jornada, que é oferecer um tratamento adequado aos animai s debilitados que resgatam.

Além de que, a maior parte da população baiana tem um animal de estimação e sofre muito com os preços abusivos dos medicamentos”, explica Marcell.

Gleisi repudia general que ameaça intervenção militar


Em nota assinada por sua presidente, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o Partido dos Trabalhadores conclama "as forças democráticas do País a repelir, com veemência, a gravíssima manifestação" do general do Exército Hamilton Mourão, que afirmou num evento promovido pela maçonaria que as Forças Armadas podem fazer uma intervenção militar "se o Judiciário não resolver essa questão política"; "Ao pregar publicamente uma intervenção das Forças Armadas sobre as instituições da República, um novo golpe militar, este oficial não só desrespeita os regulamentos disciplinares, mas fere frontalmente a Constituição e ameaça seriamente a Democracia", diz Gleisi
Segue a íntegra da nota:

Abaixo leiam a nota da Pres. do PT

Em defesa da Democracia e da Constituição

O Partido dos Trabalhadores conclama as forças democráticas do País a repelir, com veemência, a gravíssima manifestação do general chefe da Secretaria de Economia e Finanças do Exército Brasileiro, Hamilton Mourão.

Ao pregar publicamente uma intervenção das Forças Armadas sobre as instituições da República, um novo golpe militar, este oficial não só desrespeita os regulamentos disciplinares, mas fere frontalmente a Constituição e ameaça seriamente a Democracia.

O episódio, ocorrido sexta-feira (16) numa reunião em Brasília, é ainda mais grave porque o general Mourão afirma que suas posições correspondem às do Comandante Geral e do Alto Comando do Exército.

Cabe recordar que, em outubro de 2015, por fazer manifestação no mesmo sentido antidemocrático, este personagem foi punido com a perda do Comando Militar do Sul, o que demonstrou, na época, o isolamento de suas posições.

A nova transgressão requereria imediatas providências por parte do Comando-Geral do Exército e do Ministério da Defesa, para ratificar o compromisso das Forças Armadas com a Constituição e impedir que fatos como estes se repitam. Preocupa, em especial, a omissão do governo golpista ante esse fato gravíssimo, pois até agora não houve manifestação ou ação das autoridades competentes em relação ao assunto.

O que o Brasil precisa é recuperar o processo democrático rompido com o golpe do impeachment; precisa de eleições diretas com a participação de todas as forças políticas, e não retornar a um passado sombrio que tanto custou superar.

Gleisi Hoffmann

Presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores

General do Exército ameaça intervenção militar


O general do Exército Antônio Hamilton Mourão afirmou em palestra promovida pela maçonaria em Brasília na sexta-feira (15) que seus "companheiros do Alto Comando do Exército" entendem que uma "intervenção militar" poderá ser adotada se o Judiciário "não solucionar o problema político"; Mourão disse que poderá chegar um momento em que os militares terão que "impor isso", e que essa "imposição não será fácil"; segundo ele, seus "companheiros" do Alto Comando do Exército avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas ela poderá ocorrer após "aproximações sucessivas"
O general do Exército Antônio Hamilton Mourão, secretário de economia e finanças da Força, afirmou em palestra promovida pela maçonaria em Brasília na sexta-feira (15) que seus "companheiros do Alto Comando do Exército" entendem que uma "intervenção militar" poderá ser adotada se o Judiciário "não solucionar o problema político".

Mourão disse que poderá chegar um momento em que os militares terão que "impor isso" [ação militar] e que essa "imposição não será fácil". Segundo ele, seus "companheiros" do Alto Comando do Exército avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas ela poderá ocorrer após "aproximações sucessivas".


"Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso", disse o militar.

O general afirmou ainda: "Então, se tiver que haver, haverá [ação militar]. Mas hoje nós consideramos que as aproximações sucessivas terão que ser feitas". Segundo o general, o Exército teria "planejamentos muito bem feitos" sobre o assunto, mas não os detalhou.

Mourão é natural de Porto Alegre (RS) e no Exército desde 1972, o general é o mesmo que, em outubro de 2015, foi exonerado do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, pelo comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, e transferido para Brasília, em tese para um cargo burocrático sem comando sobre tropas armadas, após fazer críticas ao governo de Dilma Rousseff.

Um oficial sob seu comando também fez na época uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, acusado de inúmeros crimes de tortura e assassinatos na ditadura militar.

Comandante do Exército descarta intervenção militar sugerida por general

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirma que "não há qualquer possibilidade" de intervenção militar no Brasil, em resposta ao general Antônio Mourão, que levantou a possibilidade no caso de o Judiciário "não resolver essa questão" política; "Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir. Além disso, o emprego nosso será sempre por iniciativa de um dos Poderes", diz o comandante Villas Bôas; ele diz ainda que teve uma conversa com Mourão e que o problema "já está superado"

Sempre polêmico, o general do Exército Antônio Hamilton Martins Mourão afirmou na última sexta-feira que é possível uma intervenção militar no Brasil, caso a crise política que o país atravessa não seja solucionada pelas próprias instituições.

As afirmações de Mourão foram feitas em uma palestra realizada na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília, horas após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar o presidente Michel Temer (PMDB) pela segunda vez, por obstrução de Justiça e organização criminosa.

"Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso", disse Mourão. "Desde o começo da crise o nosso comandante definiu um tripé para a atuação do Exército: legalidade, legitimidade e que o Exército não seja um fator de instabilidade".

O general destacou que a necessidade de "impor uma solução" poderia trazer "problemas", mas que os militares possuem "compromisso com a Pátria, independente de sermos aplaudidos ou não". "O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de qualquer maneira, atingir esse objetivo. Então, se tiver que haver haverá", destacou.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a fala de Mourão causou desconforto em oficiais-generais do Exército.

Ouvido pela publicação, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, voltou a dizer que "não há qualquer possibilidade" de intervenção militar. "Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir. Além disso, o emprego nosso será sempre por iniciativa de um dos Poderes", avaliou.

Ele ainda revelou que teve uma conversa com Mourão e que o problema já estaria "superado". O próprio general, diante da repercussão, negou que estivesse "pregando intervenção militar", dizendo que a interpretação das suas palavras "é livre", já que falava em seu nome, e não no do Exército.

Em 2015, Mourão se envolveu em outra polêmica. Ele perdeu o posto do Comando Militar Sul depois de atacar a então presidente Dilma Rousseff (PT), afirmando que o impeachment dela não traria mudança significativa e que "a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção".

Desde então, Mourão responde como secretário de economia e finanças do Exército.