Trabalhadores de cidades no interior da Bahia, como Barreiras, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Itabuna, Eunápolis e Teixeira de Freitas, protestaram na manhã desta quarta-feira (15) contra a reforma na Previdência anunciada pelo governo federal. Grupos realizaram caminhadas, escolas fecharam e bancos iniciaram mais tarde o expediente por conta das mobilizações. O dia também é de protestos em Salvador.
Em Barreiras, região oeste da Bahia, o ato teve início por volta das 8h30. Um grupo de manifestantes se concentrou em frente à Câmara de Vereadores da cidade e, depois, seguiu em passaeata pelo centro. Segundo estimativas dos organizadores do protesto e da Guarda Municipal, 500 pessoas participaram do ato.
Durante a manifestação, o grupo, com faixas, cartazes e bandeiras, parou na sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que foi ocupado e suspendeu as atividades. Em seguida, outra parte dos manifestantes deu continiuidade à caminhada pela Avenida Clériston Andrade.
As agências da Caixa Econômica Federal da cidade só abriram às 11h. Já as unidades do Banco do Brasil deram início ao expediente ao meio-dia, por conta do protesto. As escolas das redes municipal e estadual da cidade de Barreiras estão fechadas. O serviço de transporte municipal, no entanto, não foi afetado e funciona normalmente.
Vitória da Conquista
Em Vitória da Conquista, região sudoeste, a manifestação contra a reforma da Previdência teve início, por volta das 9h, na Praça 9 de Novembro, no centro da cidade. O ato contou com a adesão de professores das redes municipal, estadual e particular, policiais, agentes penitenciários, estudantes e moradores da cidade.
Os 27 colégios estaduais da cidade, que possuem 22 mil alunos, suspenderam as aulas, assim como 13 escolas particulares. Algumas escolas municipais e particulares, no entanto, mantiveram as atividades normais. Os bancos e o sistema de transporte municipal funcionaram normalmente.
Após a concentração na na Praça 9 de Novembro, o grupo de manifestantes seguiu para a frente da prefeitura. A manifestação foi encerrada no início da tarde. Nem organizadores e nem a polícia divulgaram estimativa de público.
Feira de Santana
Em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, um grupo realizou uma manifestação na Avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade. A Polícia Militar informou que 300 pessoas participaram do ato, que contou com uma caminhada. Os organizadores não divulgaram estimativa de público.
Os professores da rede pública da cidade paralisaram as atividades para protestar contra a reforma da previdência. Com isso, as escolas não tiveram aula. No município, segundo o sindicato da categoria, a paralisação deve durar dez dias e deve afetar mais de 100 mil alunos. Alguns professores de escolas particulares apoiaram o movimento, mas informaram que só vão paralisar as atividades nesta quarta-feira.
Feira tem, ao todo, 217 escolas municipais e 76 estaduais. Conforme o sindicato, os professores municipais ainda estão insatisfeitos com o plano de carreira, que, segundo eles, é de 1992. A categoria pede aumento no quadro de professores. Já os docentes da rede estadual reivindicam também o reajuste anual que, segundo eles, ainda não ocorreu. Eles pedem 7,64% de aumento.
A secretária municipal de Educação, Jayana Ribeiro, disse que a prefeitura tem feito esforço para atender a demnada da categoria, mas que não tem verba suficiente para cumprir todas as exigências. O G1 entrou em contato com a secretaria estadua de Educação e aguarda uma resposta sobre o caso.
Apesar da manifestação na cidade nesta quarta, bancos e o sistema de transporte municipal funcionam normalmente.
Itabuna
Em Itabuna, no sul da Bahia, a manifestação ocorreu na praça do "Jardim do Ó", localizada no centro da cidade. A movimentação no local começou por volta das 8h30. Os bancos e o serviço de transporte da cidade funcionam normalmente, mas a maioria das escolas estaduais e municipais está com os portões fechados. Não houve estimativa de público por parte dos organizadores do ato e pela polícia.
Eunápolis
Também houve protesto em Eunapolis, também na região sul, onde cerca de 50 pessoas, segundo a polícia, saíras as ruas em ato contra a reforma da previdência. Estudantes, professores e representantes de centrais sindicais participaram do ato. O grupo percorreu as principais ruas do centro da cidade em caminhada. Por conta da mobilização, as escolas públicas não funcionam.
Teixeira de Freitas
Também houve protesto contra a reforma da previdência em Teixeira de Freitas, outra cidade da região sul da Bahia. Um grupo de manifestantes se concentrou na Praça dos Leões, por volta das 8h. Cerca de 1h30 depois, os manifestantes iniciaram uma caminhada pelas principais ruas do centro do município.
Não houve divulgação de estimativa de público por parte dos organizadores e nem por parte da polícia. Por conta da mobilização, escolas esstaduais e municipais da cidade não funcionam nesta quarta. Já os bancos e o serviço de transporte operam normalmente. A manifestação no município foi finalizada pouco antes das 12h.
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