terça-feira, 7 de novembro de 2017

Seis dos 11 conduzidos à delegacia em operação contra o tráfico são presos novamente em Itabuna


A Polícia Civil prendeu novamente, em Itabuna, seis dos onze suspeitos que foram conduzidos à delegacia, na quarta-feira (1°), durante a Operação Pelágios, realizada com o objetivo de combater o tráfico de armas e munições. As novas prisões foram feitas na manhã desta segunda-feira (6).

Dos onze suspeitos presos na quarta-feira, nove tinha sido soltos após uma audiência de custódia, realizada no mesmo dia, pelo juiz da 1° vara crime. O juiz alegou que as prisões foram ilegais porque ocorreram antes das 6h. Contudo, o coordenador de Polícia Civil de Itabuna, André Aragão, disse que pelo Código de Processo penal, as prisões podem ser feitas de dia, o que segundo ele, aconteceu.

Nesta segunda-feira, os suspeitos foram achados no Morro dos Macacos, no bairro Fonseca, em Itabuna. Segundo a polícia, os reincidentes na prisão compravam as munições por meio de um intermediário que também está preso desde quarta-feira. As armas e munições de usos restrito serão avaliadas nesta tarde pelo Exército.

Ainda conforme a polícia, os presos foram novamente ouvidos em uma audiência de custódia nesta segunda-feira, mas continuam presos. A polícia informou que a maior parte dos suspeitos tem passagem pela polícia e é considerada perigosa.

"A grande maioria possui passagem por tráfico de drogas e ficaram presos no Conjunto Penal de Itabuna. Alguns deles vão responder por homicídio, que resta comprovar no decorrer da investigação. Os empresários vão responder por tráfico de munição, porte ilegal de munição de uso restrito [do Exército] porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e associação criminosa", explicou André Aragão.



As investigações levaram cerca de seis meses. Na quarta-feira, a polícia apreendeu, por meio de mandados de busca e apreensão, uma grande quantidade de caixas cheias de munições, além de equipamentos para fabricar munição e também várias armas novas, como espingarda e pistola.

Parte do material foi apreendida em uma loja de caça e pesca, em Itabuna, que pertence a dois irmãos identificados como Geci dos Santos Rocha e Delci dos Santos Rocha. A polícia diz que as armas vendidas por eles abasteciam o tráfico nos dois municípios de Itabuna e Ubaitaba, no sul da Bahia.

Gessi dos Santos Rocha continua preso. Os empresários não tinham autorização para vender armas por encomenda a quem tem porte legal. O problema é que, segundo a polícia, muitas munições são de uso restrito do exército e eles não poderiam comercializar. A outra parte do material foi encontrada no escritório de um posto de combustível, em Ubaitaba, também no sul da Bahia, que pertence aos irmãos.

Isso levantou suspeita da polícia que acredita que eles mantinham um estoque de armas e munições pra vender de forma ilegal.

Na operação onde a polícia prendeu os comerciantes e traficantes, os investigadores ainda localizaram seis rifles (calibres 12, 21, 22 e 23), nove espingardas (calibres 12, 20, 28, 36 e 38), duas espingardas de pressão (calibres 4.5 e 5.5), revólveres (calibre 38) e seis pistolas (calibre 380).

A SSP disse que apreendeu mais de 10 munições e cartuchos, além de quatro quilos de projéteis para recarregar armas, grande quantidade de chumbinho e pólvora, espoletas, buchas para redução, carregadores e porta carregadores, 31 munições de manejo sem poder de fogo de diferentes calibres, uma gandola e um boné camuflado, um veículo, um notebook e R$ 800.

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