O Campeonato Brasileiro de 2018 não terá árbitro de vídeo. A
introdução do recurso foi vetada nesta segunda-feira (5) pela maioria dos
clubes da Série A, durante reunião do conselho arbitral, realizada na sede da
CBF, no Rio. No entanto, o uso da tecnologia será adotado na Copa do Brasil, a
partir da fase de quartas de final.
A adoção da tecnologia para auxiliar a arbitragem a dirimir
dúvidas relacionadas a lances de gol, pênalti, aplicação de cartão vermelho e
também à identificação de atletas estava dividindo os clubes tanto pelo aspecto
técnico, por interferir na marcação do juiz, como financeiro. Muitos dos times
clubes queriam que a CBF arcasse com os custos, estimados em R$ 30 mil por
partida, e não concordaram em pagar totalmente ou em parte os gastos.
O tema foi colocado em votação e 12 clubes posicionaram-se
contra. Apenas sete foram a favor, e o São Paulo não votou, pois seu
representante deixou a reunião antes de o assunto ser definido.
Sergio Correa, ex-chefe do departamento de arbitragem da CBF
e responsável pelos estudos para a implantação do VAR, como o árbitro de vídeo
é chamado oficialmente, negou que os custos tenham sido preponderante para a
negativa. "Não foi exatamente a questão do custo. Teve clube que
argumentou com a questão técnica, outro falou de testes, alguns de custos. Uma
pena", lamentou.
No conselho arbitral, os clubes aprovaram o uso da grama
sintética em substituição à natural - é o caso, atualmente, da Arena da
Baixada, estádio do Atlético Paranaense.
Outra decisão tomada pelos clubes permite a venda de cinco
mandos de campo, desde que o clube visitante concorde, assim como a federação à
qual o mandante é filiado. E a venda não pode acontecer nas últimas cinco
rodadas do campeonato.
Confira os fotos de cada clube:
A favor: Bahia, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Internacional e Palmeiras.
Contra: América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Santos, Sport, Vasco e Vitória.
Não votou: São Paulo (o representante do clube deixou a reunião antes de o sistema ser votado).
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