terça-feira, 24 de abril de 2018

Quadrilha usava 'dublês' de doentes para fraudar benefícios do INSS em SP


A quadrilha presa em São Paulo nesta terça-feira (24) por fraudar perícias médicas do INSS utilizava dublês de doentes, em alguns casos, pessoas doentes de verdade, mas que se passavam falsamente pelas pessoas que receberiam os benefícios no momento da perícia.

Segundo o delegado Rafael Dantas, coordenador da operação, em alguns casos, os falsos doentes foram flagrados retirando gesso falso logo após sairem das agências do INSS.

O prejuízo estimado da quadrilha é de R$ 60 milhões e R$ 25 milhões dos envolvidos foram bloqueados. 10 pessoas foram presas, entre elas uma auxiliar de enfermagem que atuava em um hospital público estadual e que usava os nomes de pessoas hospitalizadas para obter o benefício de forma fraudulenta.

A Operação Pseuda foi realizada de forma conjunta com a inteligência previdenciária, Advocacia-Geral da União, Ministério Público Federal e INSS, e cumpriu 12 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Duas pessoas continuam foragidas, informou o delegado em coletiva à imprensa.

"Alguns dublês, de fato, tinham deficiência, paralisia infantil, ou obesidade mórbida, e se apresentavam como segurado. A pessoa passava pela perícia, mas não era ela que iria receber o seguro", diz o procurador-federal Alexandre Jannucci.

As investigações começaram em novembro de 2017 e descobriram que as fraudes consistiam em requerer auxílios-doença para pessoas, algumas que sequer figuravam como segurados do INSS, com o uso de documentos falsos e diversos artifícios.

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