quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A PEDIDO DOS EUA, POLÍCIA DO CANADÁ PRENDE EXECUTIVA CHINESA

A pedido dos Estados Unidos, a polícia do Canadá prendeu uma executiva chinesa que é diretora-financeira da segunda maior fabricante de smartphones do mundo.

Meng Wanzhou foi presa enquanto fazia uma conexão de voo em Vancouver, no Canadá. O Departamento de Justiça Americano quer que ela seja extraditada para os Estados Unidos.

Só a importância da Huawei já seria suficiente para assustar os mercados mundiais. Mas o impacto estremecedor nas bolsas mundo afora foi potencializado pelo medo de que o caso faça ir por água abaixo a trégua na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

Depois do encontro de Donald Trump e Xi Jinping no sábado (1º), veio o anúncio de que que os Estados Unidos iriam suspender por 90 dias as novas tarifas de 25% sobre importações que passariam a valer em janeiro.

Os mercados reagiram aliviados, prevendo que a disputa entre as duas maiores economias do mundo pudesse se encaminhar para um fim negociado. Enquanto isso, no mesmo dia, a executiva era presa no Canadá.

A notícia da prisão só foi divulgada na noite de quarta-feira (5) e as principais bolsas de valores ao redor do mundo despencaram.

Até agora nem os EUA nem o Canadá forneceram maiores detalhes sobre a prisão. Mas a imprensa mundial tem afirmado que as acusações são de violar sanções enviando equipamentos americanos para o Irã.


Mas não é de hoje que os Estados Unidos e outros países do mundo travam batalhas contra a Huawei. A empresa já enfrentou processos de concorrentes por suspeita de cópia de produtos.

Agências de inteligência dos Estados Unidos alegam que a Huawei é ligada ao governo da China e que seus equipamentos poderiam ser usados para espionar os americanos.

Os Estados Unidos nunca apresentaram uma evidência disso, e a empresa sempre negou as alegações.

As principais operadoras americanas pararam de revender equipamentos da chinesa em 2018. Austrália e Nova Zelândia também proibiram a Huawei de construir redes 5G nos países.

A empresa disse que não foi informada ainda dos motivos da prisão e o governo da China pediu esclarecimentos, e que a executiva seja libertada imediatamente.

G1

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