sexta-feira, 6 de outubro de 2017



Em todas as pesquisas divulgadas até o momento, o ex-presidente Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro aparecem, respectivamente, em primeiro e segundo lugares. Exatamente por isso sofrem duros ataques com o objetivo de desconstrução de suas imagens.

Sem aqui querer avaliar os problemas que Lula enfrenta no Judiciário e que podem impedir a sua candidatura em 2018, o ex-presidente reclama da cobertura dada pela grande imprensa. A situação é considerada tão séria que a sua assessoria criou a "TV Lula".

Desde maio, uma equipe de profissionais da área de comunicação produz vídeos para alimentar as páginas "A Verdade de Lula" nas redes sociais. Os vídeos têm duração de dois a cinco minutos. A maioria dos filmes tem entre 5 mil e 20 mil visualizações, com picos de 200 mil em alguns casos.

Jair Bolsonaro, por sua vez, é capa da Veja deste final de semana, com o título "A ameaça Bolsonaro". Embora não tenha a influência do passado, uma reportagem nessa linha serve para divulgação nas redes sociais.

E qual o objetivo? Ora, a revista tem uma queda pelo PSDB. Além disso, o mercado financeiro e o empresariado paulista quer emplacar na Presidência da República, pós Michel Temer, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) ou, principalmente, o prefeito da capital, João Doria (PSDB-SP).

É a partir daí que surge todo o trabalho de desconstrução de imagens e de reputações. Talvez este seja o único momento em que Lula e Bolsonaro transitem em uma mesma linha, por isso os mais ricos querem enfraquecê-los e até tirá-los das eleições de 2018.

Lula porque representa o estado de bem estar social, uma visão voltada para os mais pobres. Bolsonaro é uma incógnita que cresce com o clima de intolerância e de insatisfação contra as instituições que não garantem direitos básicos, caso da violência.

O que os super-ricos da avenida paulista desejam é um presidente que dê continuidade ao plano econômico do governo de Michel Temer. Embora com visões totalmente divergentes sobre o Brasil, Lula e Bolsonaro não são essa garantia, ao contrário de Alckmin e Doria.

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