quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Obras de R$ 105 milhões visam melhoria do tráfego no sul da Bahia



Nos horários de pico, condutores chegam a levar cerca de 40 minutos para ir do Pontal ao centro de Ilhéus (a 453 km de Salvador). De lá para Itabuna, pela BR-415, os 18 km que separam as duas cidades da Costa do Cacau são percorridos em intervalo semelhante devido ao trânsito pesado.

Tal realidade deverá mudar com um pacote obras anunciado pelo governador Rui Costa nesta segunda-feira, 9, em Itabuna (a 435 km da capital), que envolve uma série de investimentos na região sul da Bahia, entre eles, a duplicação da BR-415, ao custo de R$ 105 milhões.

O governador assinou a ordem de serviço para a duplicação da movimentada rodovia, por onde transitam cerca de dez mil veículos por dia. A anunciada melhora na mobilidade deverá atender uma população aproximada de 500 mil pessoas, somados os municípios da região.

Além de rota para escoação da produção para o porto de Malhado, em Ilhéus, a rodovia serve de trânsito para os munícipes das cidades de Una, Buerarema, Canavieiras, Itacaré e Uruçuca, que usam o trajeto para trabalhar, estudar nas diversas instituições de ensino e fazer turismo.

Liberação

Ao contrário da duplicação tradicional, será construída uma outra rodovia pela margem direita do rio Cachoeira. A execução do projeto já está autorizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Para o empresário Rosalvo Carvalho, 47 anos, que mora em Itabuna mas trabalha em Ilhéus, a intervenção significará economia de tempo e aumento do lucro nos negócios em toda a região.

"Essa rodovia é muito movimentada. Perdemos muito tempo presos no trânsito, nos horários de maior movimento. Com isso, muitas mercadorias ficam empatadas, o que gera prejuízos também para os fornecedores, que poderiam fazer mais entregas", vislumbra.

Ao longo da rodovia, também estão localizados um campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e outro do Instituto Federal da Bahia (Ifba). Com a previsão de melhora no trânsito, os estudantes das instituições esperam não se atrasar mais para as aulas.

É o caso da estudante de agronomia Bárbara Pedrosa, 22 anos, que acredita poder se dedicar mais às atividades extracurriculares. "A gente sempre tem que sair mais cedo de casa. Caso contrário, podemos perder o horário. Com a duplicação, vamos nos dedicar mais às pesquisas", disse.

Ponte

A situação dos congestionamentos também se repete na ligação do bairro Pontal, onde fica o aeroporto de Ilhéus, com o centro da cidade. Mas o quadro tende a melhorar com a conclusão, no primeiro semestre do ano que vem, da obra da ponte em execução pelo governo do estado.

"Estamos ansiosos por essa obra. Todo dia, a gente perde de 40 minutos a uma hora para ir do Pontal ao centro da cidade. Isso é muito ruim, tanto para os moradores quanto para os turistas que desembarcam no aeroporto", revelou a vendedora Lúcia Pereira, 36 anos.

O governador também anunciou a entrega, no próximo mês, do Hospital Regional da Costa do Cacau, localizado às margens da BR-415.

Segundo o governador, a unidade desafogará o Hospital Luiz Viana Filho, em Ilhéus, que será transformado em uma maternidade.

Acompanhado de uma comitiva de senadores, deputados e prefeitos, o governador afirmou que a duplicação da BR-415 deverá ser entregue em um prazo de dois anos. "A estrada vai promover a integração entre as duas cidades, que sofrem com os congestionamentos", disse Rui.

O estado, segundo Rui Costa, tem investido em diversos setores para melhorar a vida da população na região cacaueira.

Algumas das obras, afirma o governador, serão entregues já no primeiro semestre do ano que vem, além do hospital este ano.

"Entregaremos a ponte de Ilhéus, assim como a barragem do rio Colônia, no primeiro semestre do ano que vem. É um orgulho entregar essas obras", diz. "O novo hospital vai desafogar o antigo. Vamos entregar um teatro e uma policlínica na região, também ano que vem", assegura.

Rui também aproveitou para lembrar a assinatura do contrato com empresários chineses para abrir a concorrência da obra do Porto Sul. "Que, por causa da crise, está parada, sem investimento federal. Mas não fiquei parado no meu gabinete e fui atrás dos chineses para executar essa obra", afirmou.

A TARDE

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