sábado, 28 de julho de 2018

DECRETO REVOLTA PAÍS AO CRIAR COTA PARA EX-PRESOS


- Que terão emprego garantido nas empresas que prestarem serviços ou venderem produtos para o Governo Federal. Qualificação e honestidade não assegura emprego, mas quem cometeu crimes terá vaga garantida após cumprir a pena. Como estes aí na foto.

Empresas que firmarem contratos com a União acima de R$ 330 mil agora estão obrigadas a ter entre 3% e 6% de seus funcionários “egressos” do sistema prisional, segundo decreto que entrou em vigor na quarta (25), que “regulamenta aspectos” da lei 8.666, a Lei das Licitações.

O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, foi o autor da ideia de jerico que provocou revolta em todo o País, sobretudo nas redes sociais. “Estudei cinco anos de graduação, estou há 5 meses fazendo pós-graduação e continuo sem emprego”, desabafa o engenheiro Fernando Augusto.

“Se eu soubesse que era só ser preso, não teria estudado”, concluiu, indignado. E com razão. O governo não adotou qualquer política que estimule as empresas a aumentar a oferta de empregos a pessoas honestas que se qualificaram para isso.

Cota de Bandido

Além do “auxílio-reclusão”, instituído no governo Lula e conhecido por “bolsa bandido”, e de outras regalias, o governo agora busca de certa maneira também premiar os “egressos do sistema prisional” com empregos.

“Conservadorismo é uma lástima”, ironiza Bernadete Veras no Twitter, “Ensinei ao meu filho valores como decência e honestidade e que estudar era o único caminho para um futuro digno e tranqüilo”. Seu filho, após 17 anos estudando, com doutorado e pós, está desempregado.

Existe o temor de que empresas com predominância de mulheres em seus quadros, por exemplo, fiquem sujeitas a ser obrigadas a contratar condenados por crimes como estupro. “O ministério devia mudar o nome para Direitos dos que Cometem Crimes,” ironiza o jornalista Cláudio Humberto. 

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