quarta-feira, 12 de setembro de 2018

FAMILIARES DE MENINO BALEADO EM ESCOLA DE SALVADOR DURANTE AULA DE CAPOEIRA ACUSAM POLICIAIS POR DISPARO


Familiares do adolescente de 12 anos, que foi baleado dentro da Escola Municipal Dr. João Pedro dos Santos, localizada na Avenida Bonocô, em Salvador, afirmam que o garoto foi baleado por policiais militares.

"Eles [policiais] dizem que foi facção, mas não é verdade. O problema é que ninguém acredita. Quando fala que foi a polícia, defendem a polícia", disse a tia da vítima, que prefere não ser identificada por medo de represálias. Ela é a responsável pelo menino, que é órfão de pai e mãe desde pequeno.

Uma jovem, que é prima da vítima e também preferiu não ser identificada, disse que não é a primeira vez que os policiais atiram dentro da escola.

"Eles já têm esse mau costume de chegar atirando aqui. É a terceira vez que eles entram nessa escola assim. Ontem [terça, 11] aconteceu da mesma forma de sempre. Foi por volta de 19h30. O menino estava na escola, na capoeira. Largaram a viatura aqui na frente e entraram correndo, abrindo fogo. O tiro atingiu o bumbum e a perna de meu primo", narrou a jovem.


As mulheres relatam ainda, que os policiais bateram no menino, que já estava baleado, e o ameaçaram para que não contasse o ocorrido.

"Depois de balear meu primo, eles pegaram o menino e ainda bateram. Depois disseram que não era para ele falar que foi a polícia. Mandaram ele dizer que foi uma facção de Brotas", denunciou a prima do adolescente.


Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que o caso está sendo apurado pela 6° Delegacia Territorial de Brotas (DT/Brotas), com motivação preliminar de relação com a disputa pelo tráfico de drogas no bairro.

Junto com a comunidade, a família da vítima fechou metade da pista da Avenida Bonocô, sentido Centro, por volta do meio-dia. O trânsito está congestionado no local e é acompanhando por viaturas da Polícia Militar e da Transalvador.

Estado de saúde

I.S.R. mora no bairro de Cosme de Farias e está internado no Hospital Geral do Estado (HGE). O menino continua com a bala alojada no corpo e ainda não foi operado. Também não há previsão de alta.

"O médico falou que não pode retirar as balas ainda para não afetar o movimento das pernas", disse a tia do menino.

Hoje, as aulas aconteceram normalmente nas escolas municipal e estadual Dr. João Pedro dos Santos, apesar da grande movimentação des policiais dentro da instituição de ensino.


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