sexta-feira, 12 de outubro de 2018

DEZ FUNCIONÁRIOS DA EMASA, EM ITABUNA, SÃO AFASTADOS APÓS OPERAÇÃO QUE INVESTIGA DESVIO DE DINHEIRO


Dez funcionários da Empresa de Águas e Saneamento de Itabuna (Emasa), no sul da Bahia, foram afastados dos cargos na quarta-feira (10), após uma operação do Ministério Público do Estado (MP-BA).

Conforme o órgão estadual, a ação é uma continuidade de uma operação realizada pelo MP-BA em 2016, quando o diretor de planejamento e o chefe de manutenção da Emasa foram presos, suspeitos de desvio de dinheiro e de usar equipamentos da empresa em benefício próprio. O presidente em exercício na época, Ricardo Campos, foi afastado do cargo.

Policiais civis e militares participaram da operação na quarta-feira, e documentos foram apreendidos. O MP-BA não deu detalhes sobre a operação, informou apenas que as irregularidades são relacionadas à antiga gestão da Emasa e à operação realizada em 2016. Os funcionários afastados não tiveram os nomes divulgados.

A equipe de reportagem tentou, mas não conseguiu contato com o ex-presidente da Emasa, Ricardo Campos.

O atual diretor da Emasa, Jader Guedes, explicou que esses funcionários atuam em diferentes setores e que estariam em desvio de função, mas não soube dizer se esse foi um dos motivos da operação. Ele informou ainda que outros servidores da Emasa também estão em funções diferentes das que deveriam atuar.

Caso


Os desvios envolvendo o diretor de planejamento e o chefe de manutenção da Emasa somam quase R$ 500 mil, segundo informações do MP-BA. A investigação do MP começou em março de 2016, após denúncia de uma funcionária do órgão.

Segundo os promotores de Justiça, os funcionários descobriram uma fonte de água potável dentro da fazenda onde fica a estação de captação da Emasa, em Castelo Novo, distrito de Ilhéus, também no sul da Bahia.

Conforme o MP-BA, a dupla montou uma estrutura artesanal de captação na mata fechada. Com tubos da Emasa, eles puxavam água até um tanque onde caminhões da empresa eram abastecidos. Os funcionários ainda fecharam o acesso da área e usaram retroescavadeiras da empresa de água para abrir estradas de acesso até a fonte.

A investigação do Ministério Público também apontou que a água captada e transportada com equipamentos da Emasa era comercializada no bairro Parque Boa Vista. Por dia, cinco carros pipa da empresa chegavam cada um com dez mil litros de água. Mil litros eram vendidos por R$ 80. Esse esquema durou cerca de seis meses.

__________________________________________

PARTICIPE DE NOSSAS REDE SOCIAIS: 

 NOSSO GRUPO NO WHATSAPP (NOTÍCIAS)




Nenhum comentário:

Postar um comentário