sábado, 15 de dezembro de 2018

POLÍCIA ITALIANA VIAJA PARA SP À ESPERA DE CUMPRIMENTO DE PRISÃO DE CESARE BATTISTI

A polícia da Itália está em São Paulo desde sexta-feira (14) à espera do cumprimento de prisão do italiano Cesare Battisti, de 63 anos. Em seu país de origem, ele foi condenado à prisão perpétua acusado de quatro assassinatos na década de 1970.

A Polícia Federal (PF) e a Interpol, que é a polícia internacional, estão de sobreaviso para auxiliarem no processo de extradição assim que o estrangeiro for preso ou se entregar. Ele sempre alegou inocência, se dizendo vítima de perseguição política.

A prisão de Battisti no Brasil foi decretada na quinta-feira (13) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Fux. Após ter fugido da Europa, ele passou a viver escondido no estado de São Paulo, onde se encontrava livre desde 2010, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou sua extradição para a Itália.

Na sexta-feira (14) o atual presidente brasileiro Michel Temer (MDB) assinou decreto para extraditar Battisti ao país onde ele nasceu assim que for preso ou se entregar. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, enviou uma carta ao presidente Michel Temer agradecendo o chefe de Estado brasileiro pela decisão de assinar o decreto que determina a extradição do italiano Cesare Battisti ao país europeu.

Desde 2007 a Itália pede a extradição dele para que cumpra lá a condenação pelos homicídios. Após a decretação da prisão de Battisti, a Polícia Federal (PF) está à procura do italiano. Porém ele não foi encontrado em Cananéia, no litoral paulista, onde morava, e nem nos demais endereços citados à Justiça brasileira. Segundo vizinhos, ele não é visto na cidade desde o dia 28 de outubro.

Por esses motivos, Battisti é considerado foragido e continua sendo procurado pelas autoridades brasileiras.

A defesa de Battisti, feita pelo advogado Igor Tamasauskas, informou que não sabe do seu paradeiro e nem se ele vai querer se entregar. Mesmo assim, sua defesa pediu ao STF para revogar a ordem de prisão do cliente e impedir assim a extradição.

Fux mandou prender Battisti a pedido da Interpol, que o acusa de ter cometido os crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Em outubro do ano passado, o italiano foi preso em Corumbá (MS), em outubro do ano passado, com dinheiro não declarado. Segundo as investigações, ele tentava cruzar a fronteira com Bolívia com US$ 6 mil e 1,3 mil euros.

Se Batttisti vir a ser detido novamente, ele deverá ser levado para uma sede da PF, passaria por exame no Instituto Médico-Legal (IML) para depois ser entregue às autoridades italianas.

Elas poderiam receber o condenado na própria PF ou recebe-lo no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde partiria um voo até a Itália.

Um avião italiano está estacionado na base área de Cumbica, ao lado do aeroporto, mas não há confirmação oficial se ele está lá por conta de Battisti.

G1

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