terça-feira, 3 de outubro de 2017

SINDSERV COBRA EXPLICAÇÕES SOBRE CORTE DA INSALUBRIDADE NO HOSPITAL DE BASE E AMEAÇA ENTRAR EM GREVE

Sobrecarga na jornada, precárias condições de trabalho e ataques sistemáticos aos direitos da categoria, são algumas das queixas do Sindicato.



Após cortar o adicional de insalubridade de quem trabalha nas unidades básicas de saúde, agora foi a vez dos trabalhadores e trabalhadoras do Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães. Na última segunda-feira, 2, o Sindserv realizou uma assembleia, onde foi deliberado pela categoria o estabelecimento de um prazo de vinte dias para que o referido corte seja revisto, sob pena de se iniciar uma greve no HBLEM. O Sindserv também solicitou dos gestores acesso ao relatório que embasou a retirada da Insalubridade.

Levi Araújo, diretor do Sindserv, crítica o descaso que tomou conta do Hospital desde que a atual gestão assumiu, com sobrecarga na jornada, precárias condições de trabalho e ataques sistemáticos aos direitos da categoria. “Hoje, nas enfermarias, um técnico de enfermagem fica responsável (em média) por dezoito pacientes!”, denunciou. Além de arbitrário, o corte no Adicional de Insalubridade é ilegal, pois está previsto em lei. “Os trabalhadores e o sindicato não vão aceitar este corte, pois trabalhamos num ambiente totalmente insalubre”, afirmou Araújo. O Sindserv estuda medidas judiciais para garantir o benefício, além da formalização de denúncia junto ao Ministério Público.

EPI’S – Uma das justificativas para se cortar a Insalubridade no Base seria a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI). Levi esclarece que, mesmo utilizando máscaras, luvas e aventais existe o risco de contaminação. Inclusive o sindicato orienta os servidores e servidoras a se recusarem a atender pacientes sem os devidos equipamentos de proteção individual (EPI). “A responsabilidade é do Hospital”, declarou o dirigente.

Segundo Levi, o clima está tenso no Hospital. Demissões em massa de servidores contratados, ataques aos direitos, além das precárias condições de trabalho, têm dado o tom de “caça às bruxas” nos últimos oito meses. No entendimento de Levi, é preciso que o diálogo prevaleça para que os problemas do Hospital sejam superados. “Não se pode achar que tudo que foi feito até agora está errado e que todos os problemas do Base serão resolvidos a toque de caixa e de forma arbitrária, sem dialogar com o sindicato e com a categoria, porque este Hospital só está de pé hoje graças aos servidores ”, destacou.

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