terça-feira, 9 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018: ITABUNA E REGIÃO FICAM SEM REPRESENTANTES DIRETOS EM SALVADOR E BRASÍLIA

Com os resultados negativos obtidos pelos candidatos a deputado, Itabuna, Ilhéus e as demais cidades da região cacaueira ficarão sem um representante direto, tanto na Assembleia Legislativa, na capital baiana, quanto na Câmara dos Deputados, em Brasília. 

As baixas começaram poucos meses antes do pleito, quando o então pré-candidato a deputado federal, Davidson Magalhães (PCdoB), sob a orientação da chapa majoritária de situação na Bahia, modificou as estratégias e colocou-se como suplente de Ângelo Coronel (PSD) ao Senado. Saiu-se vencedor, mas sem cargo imediato. Vale ressaltar que Davidson foi suplente de deputado federal, e assumiu o mandato por dois anos, quando Moema Gramacho (PT), titular da vaga, foi eleita prefeita de Lauro de Freitas, em outubro de 2016.

Pode-se dizer que a baixa mais sentida entre os candidatos da região, seguramente, foi a da não reeleição do deputado estadual Augusto Castro (PSDB), que somou expressivos, mas não suficientes 40.862 votos em todo o estado.

É bem verdade que Augusto, que vinha fazendo um bom mandato, foi o mais votado em Itabuna. Entretanto, é válido reiterar que apenas 30% dos votos gerais de Augusto Castro saíram de Itabuna. Foram 12.538 votos. Em Salvador foram mais 1.413. Mesmo com números consideráveis, Augusto, que vinha conseguindo aprovação de várias emendas, especialmente na área de saúde, não poderá ajudar Itabuna nesse sentido, ao menos, pelos próximos anos.

Quem também sucumbiu e decepcionou muita gente, foi a deputada estadual Ângela Sousa, que assim como Augusto, tentava reeleição. A mãe do atual prefeito ilheense obteve aproximadamente 2000 votos a menos que Augusto. Ao todo, 38.855 eleitores baianos direcionaram seu voto para Ângela, sendo que destes, 9.679 foram em Ilhéus, o que corresponde a cerca de 24% de seus votos. Em Itabuna, Ângela obteve 2398, tendo sido a nona mais votada na cidade.

Augusto Castro, por sua vez, em Ilhéus, alcançou 1193 votos. Alguns estudiosos afirmam que a fragmentação excessiva de nomes acabou prejudicando Augusto e Ângela em suas reeleições. 

Ainda na esfera da Assembleia Legislativa, outros candidatos locais, entre novatos promissores e figurões desgastados, também ficaram para trás: Cacá Colchões (PP), de Ilhéus ficou com 14.985 votos; o ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões (PT), com 14.971 votos; o vereador Enderson Guinho (PDT), com 13562 votos; o também vereador Jairo Araújo (PCdoB), dividiu votos com seu correligionário Josivaldo Jesus: 5152 e 4105, respectivamente; o filho do atual prefeito Fernando Gomes, Sérgio Gomes (PR) alcançou a marca de 9778 votos; Rafael Moreira (PODE) obteve 4523 votos; Professor Max (PSOL), ficou com 4329 votos. 

No que diz respeito à vagas pleiteadas em Brasília, mais decepções e ninguém da região eleito. É bem verdade que Josias Gomes (PT) tem forte ligação com Itabuna, tendo sido, inclusive o segundo mais votado na cidade, atrás apenas de Dr. Mangabeira (PDT), que obteve 28.427 votos válidos. O terceiro mais votado em Itabuna foi Roberto José (REDE), ex-candidato a vice-prefeito na campanha de Azevedo em 2016. O ex-diretor da FICC alcançou a marca de 7.804 votos no estado, mas este número é muito abaixo do necessário para se eleger, efetivamente. Outros nomes que também não se elegeram para deputado federal são: Cosme Araújo (PDT), com 17.044 votos; Solon Pinheiro (PV), 4306 votos; Maruse Dantas Xavier (MDB), 3743 votos; e Rafle Salume (DC), 3009 votos.

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