terça-feira, 4 de dezembro de 2018

OPERAÇÃO QUE TINHA EX-INTEGRANTE DA MÁFIA SICILIANA COMO ALVO É ENCERRADA COM 10 PRISÕES NA BA

A operação da Polícia Federal que tinha como alvo um brasileiro apontado como ex-integrante da máfia siciliana Cosa Nostra foi encerrada com 10 prisões, segundo informações divulgadas pela Polícia Federal (PF-BA) na tarde desta terça-feira (4).

A ação, que teve como função desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, com atuação principalmente na região metropolitana de Salvador, foi relizada durante a manhã. Além de brasileiros, o grupo tinha envolvimento de suspeitos de várias nacionalidades, incluindo um esloveno e um italiano.

O objetivo era cumprir 17 mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão. Contudo, segundo a PF, 10 suspeitos não foram encontrados na operação e são considerados foragidos.

De acordo com a PF, dos presos, 7 suspeitos, incluindo o ex-integrante da máfia, foram pegos por força de mandado de prisão temporária, que equivale a 30 dias. Os outros três foram flagranteados com drogas e armas, que foram apreendidas. Nenhum deles teve o nome divulgado.

Ainda conforme a PF, um dos presos em flagrante tentou fugir de carro e chegou a bater o veículo em um ônibus, mas foi interceptado pelos policiais, na entrada de Abrantes, em Camaçari, região metropolitana de Salvador.

No carro onde ele estava e na casa dele, na localidade do Trobogy, na capital baiana, foram encontrados 10 kg de cocaína, segundo a PF.

De acordo com a PF, dos presos, 7 suspeitos, incluindo o ex-integrante da máfia, foram pegos por força de mandado de prisão temporária, que equivale a 30 dias. Os outros três foram flagranteados com drogas e armas, que foram apreendidas. Nenhum deles teve o nome divulgado.

Ainda conforme a PF, um dos presos em flagrante tentou fugir de carro e chegou a bater o veículo em um ônibus, mas foi interceptado pelos policiais, na entrada de Abrantes, em Camaçari, região metropolitana de Salvador.

No carro onde ele estava e na casa dele, na localidade do Trobogy, na capital baiana, foram encontrados 10 kg de cocaína, segundo a PF.

Operação

A ação, batizada de Operação Sicília, contou com a participação de cerca de 60 policiais federais, e foi realizada nas cidades de Salvador, Lauro de Freitas, Itaparica e Jequié.

Os mandados foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador.

O ex-integrante da máfia, que não teve identidade divulgada, conforme a PF, foi parceiro de Tommaso Buscetta, um dos integrantes mais conhecidos da Cosa Nostra, que morreu em 2000, aos 71 anos, de leucemia e câncer ósseo.

Conforme a PF, o homem integrou o grupo na década de 70, quando morava na Itália. Ele nasceu no Brasil, mas foi para o país quando ainda era criança.

Após retornar para o Brasil, segundo a PF, o brasileiro se envolveu com o tráfico de drogas local. Ele era o responsável por receber e testar as amostras dos entorpecentes que seriam enviados para a Europa, para certificar o grau de pureza e, se aprovados, autorizar a remessa.

Os principais fornecedores, de acordo com o órgão, eram integrantes de uma facção criminosa paulista.

Conforme apurado, ele construiu um patrimônio superior a R$ 5 milhões, que, conforme está sendo investigado, seria decorrente das atividades ilícitas, especialmente o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.

Investigação

A investigação, segundo a PF, teve início em 2016 e identificou uma organização criminosa integrada por traficantes, sobretudo de origem estrangeira, que atuavam em Salvador com o intuito de enviar drogas com um alto grau de pureza para o exterior.

Quase todos os investigados, ainda de acordo com a PF, já possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas, e muitos deles continuaram atuando ilicitamente, mesmo estando presos ou cumprindo medidas judiciais alternativas.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Tommaso Buscetta

Tommaso Buscetta foi um dos grandes nomes do Cosa Nostra e ficou conhecido como “o homem que traiu a máfia”, após ter entregado os integrantes do grupo criminoso.

O italiano de Palermo começou a revelar, nos anos 1980, o nome de integrantes da máfia siciliana e de políticos envolvidos com a organização.

Após as revelações, toda a direção da máfia e 300 integrantes da organização foram condenados à prisão perpétua.

No ano de 1986, Buscetta foi extraditado para os Estados Unidos. Por sua colaboração contra as ações da máfia no país, obteve nacionalidade, uma nova identidade e proteção do programa de testemunhas para ele e sua família.

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